A Colonial Pipeline, operadora de dutos de combustíveis dos Estados Unidos que foi alvo de um ransomware na semana passada, pagou 75 Bitcoin — cerca de US$ 4 milhões — para hackers devolverem seu sistema.
A informação foi publicada pelo The New York Times e pela Bloomberg na noite da quinta-feira (13). As duas publicações citaram fontes anônimas envolvidas na transação.
Um ransomware é um tipo de vírus que bloqueia sistemas e só faz a liberação do mesmo por meio de pagamentos, geralmente em criptomoedas.
De acordo com a Bloomberg, uma ferramenta de descriptografia para restaurar rede de computadores desativada foi encaminhada para a empresa logo após o pagamento. Funcionários da Colonial Pipeline não quiseram comentar.
Por causa do ataque, a companhia – responsável pelo fornecimento de metade do gás, diesel e combustível de aviação da Costa Leste dos EUA – havia paralisado sua operação. Isso elevou o preço do gás e gerou uma crise política no país.
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De acordo com o The New York Times, a Casa Branca realizou reuniões de emergências para lidar com a situação. O presidente Joe Biden, ainda segundo o veículo, chegou a dizer que o país poderia fazer algum tipo de retaliação contra os criminosos virtuais.
O ataque, de acordo com o FBI, estaria ligado a um grupo hacker identificado como DarkSide, formado por hackers do Leste Europeu e da Rússia.
Nos Estados Unidos, desde o início do ano uma força-tarefa formada por 65 organizações do setor público e privado estuda formas de combater o avanço dos ataques de ransomware.
No ano passado, hackers sequestram o sistema de informática de uma cidade da Califórnia, Estados Unidos, e pediram R$ 4 milhões em Bitcoin por backups.
Esse tipo de investida virtual também assola o Brasil. No final do mês passado, por exemplo, parte do sistema do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) foi derrubado por causa de um ransomware.