O Nubank anunciou nesta quinta-feira (23) a aquisição da consultoria de engenharia de software norte-americana Cognitech. A empresa é responsável pela criação da linguagem Clojure e o banco de dados Datomic, ambos usados pelos desenvolvedores do banco digital brasileiro.
É a segunda aquisição da companhia em menos de seis meses. Em janeiro, o Nubank incorporou a Plataformatec, uma consultoria especializada em método ágil e em desenvolvimento e gerenciamento de produtos digitais.
O relacionamento entre o Nubank e a Cognitech começou ainda em 2014, quando a consultoria norte-americana passou a prestar serviços à fintech brasileira e a ajudou no desenvolvimento de produtos.
A aquisição foi encarada como um caminho natural entre as duas empresas. “Contar com o reforço dos profissionais da Cognitect vai nos permitir aprimorar ainda mais nossos produtos para devolver às pessoas o controle de suas vidas financeiras por meio de serviços simples, transparentes e humanos”, afirmou David Vélez, fundador e CEO do Nubank, em comunicado à imprensa.
Crescimento acelerado
Avaliado em cerca de US$ 10 bilhões, o Nubank já figura como uma empresa “unicórnio” – quando seu valor de mercado supera a marca de US$ 1 bilhão. Além da sede em São Paulo, o banco digital possui escritórios na Cidade do México (México), Buenos Aires (Argentina) e Berlim (Alemanha).
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O Nubank terminou o ano de 2019 com prejuízo de R$ 312,7 milhões, mas o resultado negativo não parece gerar grandes preocupações por parte da instituição. Pelo contrário, seria um tipo de risco calculado pela empresa, que vem priorizando o crescimento da base de clientes e de serviços.
Números recentes da fintech parecem basear essa premissa. Também no último ano viu sua carteira de clientes triplicar de 6 milhões para 20 milhões. Atualmente o banco digital contabiliza mais de 25 milhões de clientes, entre usuários da conta digital e do cartão de crédito.
Até hoje o Nubank já captou um total de US$ 820 milhões em rodadas de investimentos. Além desses aportes, a expectativa é que a expansão empreendida pela fintech comece a dar retorno nos próximos anos.
Em junho, o Nubank foi eleito o melhor banco brasileiro em avaliação promovida pela revista Forbes. A fintech foi citada como uma instituição “disruptiva” que tem conseguido romper o oligopólio dos grandes bancos brasileiros.
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