Banco Central se reunirá hoje com Facebook para debater proibição do WhatsApp Pay
Presidente do BC, Roberto de Oliveira Campos Neto durante sabatina do Senado (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“O arsenal que o Banco Central tem hoje é muito grande para combater qualquer tipo de crise”. A fala é do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, durante coletiva nesta segunda-feira (23).

Mostrando tranquilidade, Campos Neto falou da importância da liquidez dos bancos que atuam no Brasil, mediante os efeitos negativos do coronavírus no mercado financeiro.

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“Não temos problemas nos balanços dos bancos. Eles estão com liquidez, com capital e com bastante sobra de condições para emprestar”, disse.

Brasil não deve usar crédito dos EUA

Sobre a linha de crédito de US$ 60 bilhões disponibilizada para o Brasil pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) na semana passada, Campos Neto espera que não haja a necessidade de usá-la. No entanto, disse, “é um seguro importante num momento de crise”.

“Nós entendemos que não há necessidade de fazer isso no curto prazo”, ressaltou.

Banco Central e a crise de 2008

O presidente também comparou a crise causada pelo coronavírus com a global de 2008. Segundo ele, a atual é bem diferente.

Conforme detalhou, na crise de 2008 o medo de falência afetava os bancos. Hoje no Brasil, disse, os bancos estão com dinheiro de sobra, diferentemente daquela época.

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“A gente está vendo uma crise agora que é totalmente diferente, não é uma crise de alavancagem financeira. É muito diferente do que aconteceu em 2008 que basicamente a incerteza era se o banco ia quebrar ou não”, ressaltou.

Segundo ele, a crise agora é muito mais no setor real, causada pelo distanciamento social e quebra na cadeia produtiva.

Bancos anunciam medidas contra crise

Diante da crise, o Banco Central vai conceder empréstimos a instituições financeiras para prover liquidez ao mercado secundário de dívida corporativa.

O Banco do Brasil e o Santander também já anunciaram linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas.

O BB ampliou em R$ 100 bilhões em suas linhas de crédito, em uma medida que deve beneficiar 13 milhões de clientes.

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Para as empresas, o banco estatal reforçará em R$ 48 bilhões os recursos disponíveis para linhas de capital de giro, de investimento e de antecipação de recebíveis.

O Santander anunciou aumento de 10% dos limites dos cartões de crédito que estiverem com pagamentos em dia. A instituição também decidiu antecipar já para abril o pagamento total do 13º salário dos seus 47 mil funcionários.

Caixa Econômica Federal anunciou pausa de 60 dias na cobrança de contratos de crédito vigentes para pessoas físicas e empresas. A medida vale também para contratos de financiamento imobiliário.

O Itaú Unibanco e o Bradesco, anunciaram até o momento apenas a prorrogação de dívidas — de até 60 dias para operações em dia.

Dos bancos digitais, o C6 foi o principal a anunciar medidas concretas; Nubank — que se silencia nas redes sociais — e Neon apenas falaram sobre prevenção ao Coronavírus.

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