Em 2020, o Ministério da Justiça e Segurança Pública conseguiu recuperar R$ 257 milhões lavados em outros países. Desse total, R$ 130 milhões eram criptomoedas. A informação faz parte do balanço da pasta, divulgado na terça-feira (22).
Os ativos digitais, segundo o órgão, foram bloqueados em novembro deste ano em uma exchange nos Estados Unidos (o nome da corretora não foi citado). O pedido de bloqueio foi feito pela Polícia Federal do Rio Grande do Sul no âmbito da Operação Egyto.
O governo federal não informou no balanço, mas o dinheiro era da Indeal, suposta pirâmide financeira que pode ter dado um calote de R$ 1 bilhão em milhares de pessoas.
Nesta semana, a Justiça de São Paulo publicou pedido de falência do suposto esquema fraudulento, que prometia pagar juros de 15% ao mês em cima de investimentos.
Blockchain no governo
Além do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Secretaria-Geral da Presidência da República também divulgou um balanço dos projetos desenvolvidos nos dois primeiros anos da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Entre as medidas citadas está a Rede Brasileira de Blockchain, um grupo criado em maio deste ano para tratar do uso da tecnologia subjacente ao bitcoin na administração pública.
Um dos projetos da área tocados pelo governo federal é uma blockchain da Receita Federal que pretende unir CPF e CNPJ com objetivo de facilitar a implantação de um governo digital no país.
Outra iniciativa do governo é o uso de blockchain no comércio exterior. Vale lembrar ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem promovendo eventos sobre blockchain.
No balanço, a Secretaria-Geral da Presidência da República disse ainda que tecnologia de registro distribuído irá proporcionar maior segurança na troca de informações entre as entidades governamentais.
Além disso, informou também acreditar que a blockchain ajudará no combate à corrupção, visto que facilita o rastreamento e reforça a confiabilidade.