Imagem da matéria: Manhã cripto: Bitcoin volta para US$ 29 mil com recuo da China, mas Cardano (ADA) e Solana (SOL) continuam com crescimento
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A reação do Bitcoin (BTC) no domingo teve vida curta e a maior criptomoeda volta a ser negociada abaixo dos US$ 30.000, mas algumas altcoins sustentam os ganhos. Nas últimas 24 horas, o BTC opera com pouca variação, cotado a US$ 29.777, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) também mostra estabilidade, negociado a US$ 2.026. 

No Brasil, o Bitcoin segue lateral, cotado a R$ 151.595, segundo o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).  

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A maioria das criptomoedas operava com valorização na sessão da Ásia, mas passou a seguir os índices futuros americanos após a divulgação de dados econômicos da China. A política de Covid Zero da segunda maior economia do mundo fez estragos. Em abril, a produção industrial chinesa caiu 2,9% na comparação anual, enquanto as vendas tiveram queda de 11,1%. 

O mercado de criptomoedas encolheu cerca de US$ 326 bilhões nos últimos sete dias, para cerca de US$ 1,33 trilhão, segundo dados do CoinGecko. E o Bitcoin acumula desvalorização 57% em relação à máxima de novembro passado. 

As principais altcoins vão em direções opostas nesta segunda-feira como Binance Coin (+0,9%), XRP (+0,1%), Cardano (+5%), Solana (+5,3%), Dogecoin (-0,6%), Polkadot (-0,1%), Avalanche (-2,7%) e Shiba Inu (-1,1%), segundo dados do CoinGecko.    

Terra (LUNA)

O anúncio de um plano de recuperação pelo fundador da Terra, Do Kwon, não parece ter dado confiança suficiente aos investidores. Segundo analistas, o mercado espera por ações mais concretas dos desenvolvedores da blockchain – como queimas em larga escala de LUNA, que no momento possui mais de 6 trilhões de tokens espalhados – antes de definir um rumo mais consistente para a criptomoeda. 

Embora os investidores de criptomoedas pareçam já ter digerido o impacto do colapso da stablecoin TerraUSD, os desafios continuam, como taxas de juros globais crescentes e condições de liquidez mais apertadas, destaca a Bloomberg. 

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O atual suporte do Bitcoin é de US$ 27.000, “o que provavelmente pode estabilizar a ação de preço nos próximos dias”, disse Edul Patel, CEO da Mudrex, uma plataforma de investimento cripto baseada em algoritmo. 

Em coluna no E-Investidor, Fabricio Tota, diretor do Mercado Bitcoin, destaca que o mercado cripto depende cada vez menos do Bitcoin. Para o executivo, a tokenização permite democratizar os investimentos, antes restritos a um seleto grupo. “Para aqueles que ainda estão reticentes com os criptoativos, os tokens são uma boa porta de entrada, porque muitos estão atrelados a produtos reais.” 

Outros destaques 

O Brasil está entre os cinco países com maior número de cripto investidores. São mais de 10 milhões de brasileiros, cerca de 5% da população, atrás apenas da Índia, EUA, Rússia e Nigéria, segundo a Forbes. Para Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, as empresas que atuam no setor serão cada vez mais provedores de serviços para acesso facilitado aos criptoativos e às aplicações que deles se servem – e não apenas marketplaces de negociação. 

De olho nessa expansão do mercado brasileiro, exchanges estrangeiras preparam estratégias para ganhar participação. O Hi, banco digital cripto de Hong Kong que desembarcou recentemente no país, planeja contratar um country manager ainda este ano e reserva US$ 500 mil de verba de marketing para se tornar uma marca conhecida, conforme o InfoMoney

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Apesar da redução do volume financeiro negociado no primeiro trimestre, a B3 acredita em recuperação nos próximos meses. O diretor financeiro do grupo, André Milanez, disse em teleconferência sobre o balanço que a bolsa brasileira planeja lançar “os futuros de bitcoin nos próximos três a seis meses”, segundo o Valor

O Nubank vai permitir a compra de Bitcoin, mas saques da criptomoeda adquirida pelo aplicativo do banco não estarão disponíveis, segundo informações confirmadas pelo Portal do Bitcoin.  “(…) O cliente, contudo, poderá fazer o saque em reais na cotação em tempo real e transferir da conta digital do Nubank para a plataforma que desejar”, diz nota enviada por e-mail. 

O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, disse em entrevista ao Financial Times que o Bitcoin “não tem futuro” como rede de pagamentos e criticou a moeda digital por sua “ineficiência e altos custos ambientais”. Mas o CEO da exchange de criptomoedas acredita que o BTC ainda possa ter futuro como “ativo, commodity e reserva de valor” como o ouro. 

A Grayscale prepara um fundo de índice (ETF) na Europa composto por empresas que representam o “Futuro das Finanças”, disse a maior gestora de criptoativos do mundo em comunicado nesta segunda-feira. O ETF começa a ser negociado 17 de maio no Reino Unido, Itália e Alemanha, segundo a Reuters

Goldman Sachs e Barclays participaram de uma rodada de financiamento de US$ 70 milhões da Elwood Technologies, a plataforma de negociação de criptomoedas fundada pelo bilionário Alan Howard, conforme a Bloomberg

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Os 11 bilionários mais ricos do setor de criptoativos perderam, juntos, US$ 60 bilhões com a turbulência nas últimas semanas, apontam estimativas da Forbes. Changpeng Zhao, CEO da Binance, arcou com a maior parte das perdas: sua fortuna encolheu de US$ 65 bilhões em março para US$ 17,4 bilhões atualmente. 

Regulação, Cibersegurança e CBDCs 

As principais autoridades em crimes fiscais e financeiros do Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália e Países Baixos, um grupo conhecido como J5, identificaram mais de 50 pistas de possíveis atividades ilícitas envolvendo ativos digitais que podem levar a investigações nas próximas semanas, o que inclui um possível esquema de pirâmide financeira de US$ 1 bilhão, de acordo com a Bloomberg

Na Europa, o projeto de regulação de criptoativos tem falhas, afirma Karel Lannoo, presidente do Centro de Estudos de Política Europeia em Bruxelas, em artigo no Financial Times, destacando que as regras propostas deixam investidores vulneráveis e aumentam a desinformação. 

No Brasil, o projeto de lei aprovado pelo Senado – que aguarda o sinal verde da Câmara dos Deputados – altera o Código Penal para incluir crimes de fraudes com criptomoedas. Em entrevista à Folha, Julien Dutra, diretor de relações governamentais da 2TM, dona do Mercado Bitcoin, ressaltou a importância do equilíbrio entre promover a inovação e a proteção ao consumidor: “Nós, operadores, nos sentimos até mais confortáveis ao saber que a mensagem sobre segurança para o público do lado de lá do balcão vai estar clara”. 

Com a regulação em foco no Brasil, a agenda do Banco Central começa a incluir reuniões com corretoras de criptomoedas. Na sexta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos, participou de videoconferência com o CEO da Binance, Changpeng (CZ) Zhao, conforme o Portal do Bitcoin. Nesta segunda (16), estão previstas videoconferências com executivos da Coinbase e Bitso, de acordo com a agenda. 

Faltando menos de um mês para o prazo final da declaração do Imposto de Renda 2022, muitos investidores de criptoativos seguem com dúvidas. O ebook preparado por Ana Paula Rabello em parceria com o Mercado Bitcoin traz informações sobre a tributação de criptomoedas e pode ser baixado gratuitamente aqui

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Metaverso, Games e NFTs 

Milton Nascimento aproveita a turnê de despedida dos palcos, “A Última Sessão de Música”, para estrear no mundo dos tokens não fungíveis com uma gravura feita à mão pelo cantor ainda menino, conforme o Estadão. O primeiro show da turnê internacional será realizado em 11 de junho, no Rio de Janeiro, em uma sessão especial restrita a amigos, artistas e aqueles que adquirirem o NFT Ticket Pass. 

Um NFT da famosa coleção Bored Ape Yacht Club (BAYC) foi vendido no domingo (15) por apenas 200 tokens da stablecoin USDC, equivalentes a US$ 200. Parte da comunidade cripto suspeita que o erro na negociação não passe de um truque para escapar dos impostos. 

Especializada em levar grandes eventos para o mundo virtual, a startup brasileira Transformação Digital (TD) agora aposta em ferramentas relacionadas ao metaverso. A TD Web Conference, realizada na semana passada, testou um apresentador meta-humano batizado de K1M, conforme a Forbes

A conferência Brazil at Silicon Valley (BSV) reúne nesta segunda e terça-feira cerca de 700 empreendedores e investidores no Museu do Computador, em Mountain View, Califórnia. “Definimos macro temas que vão ditar o futuro da tecnologia no mundo todo. Inteligência artificial, escala à inovação, o futuro dos investimentos – onde entram as criptomoedas -, metaverso e Web 3.0, e o futuro do clima”, disse ao Valor Karine Yuki, da equipe de conteúdo da BSV. O cofundador da Hashdex, Marcelo Sampaio, e o chefe de produtos da Roblox, Manuel Bronstein, estão entre os painelistas do evento. 

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