Na esteira dos ganhos puxados pelo Bitcoin, o rival Ethereum agora lidera o rali entre as principais criptomoedas nesta sexta-feira (10), com os planos da BlackRock de lançar um fundo com exposição ao segundo maior token do mercado.
Traders de ações estão menos animados depois de o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, não descartar novos aumentos dos juros para controlar a inflação. Esse menor apetite por risco pode estar por trás do desempenho negativo de algumas altcoins nesta manhã, comentam analistas.
O Bitcoin recua 0,6% em 24 horas, para US$ 36.597,51, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC também opera estável, negociado a R$ 181.537,35, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) está no maior nível em sete meses, com alta de 9,7% e cotado a US$ 2.099,50.
As principais altcoins vão em direções opostas, entre elas BNB (+0,9%), XRP (-6,2%), Cardano (+0,8%), Solana (+5,6%), Dogecoin (-2,3%), TRON (+0,2%), Toncoin (-3%), Polygon (+2,3%), Polkadot (-0,3%), Chainlink (+0,0%) e Shiba Inu (-2,9%).
Bitcoin e Ethereum hoje
Na fim da manhã de quinta (9), o Bitcoin havia aumentado ainda mais os ganhos no dia ao registrar uma valorização de 7,3% e encostar nos US$ 38 mil. Ao longo da tarde, no entanto, perdeu espaço para o Ethereum, que superou a marca de US$ 2 mil com a notícia de que a BlackRock havia registrado documentos em Delaware para um novo produto, o iShares Ethereum Trust.
E a confirmação veio com um fato relevante na Nasdaq, onde a maior gestora de ativos do mundo quer listar um fundo de índice (ETF) com exposição ao Ethereum.
De acordo com o documento, a Coinbase vai ser a corretora responsável pela custódia do Ethereum atrelado ao ETF e uma outra empresa, não identificada, ficaria encarregada de custodiar os fundos.
A BlackRock também está na fila para lançar um ETF de Bitcoin à vista e uma decisão da SEC, a CVM dos EUA, poderia sair em breve, de acordo com analistas.
Essa expectativa tem impulsionado o Bitcoin e outras criptomoedas, sendo que alguns especialistas já falam em “verão cripto”. E em meio à euforia sobre a potencial demanda por esses fundos no mercado americano, o UBS decidiu liberar a negociação de alguns ETFs cripto para clientes de alta renda em Hong Kong, conforme a Bloomberg.
Na Carteira Recomendada Cripto do MB para o mês de novembro, o principal destaque é o aumento da exposição ao BTC nas recomendações de investimento.
Outro dado que destaca o maior apetite de investidores institucionais pela maior criptomoeda está no mercado de futuros. A CME ultrapassou a Binance como principal exchange de futuros de Bitcoin pela primeira vez em dois anos, reportou o CoinDesk.
Proteção para traders de futuros cripto nos EUA
A Comissão para Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) prepara regras para garantir que mais exchanges de derivativos mantenham os fundos de clientes separados do caixa das empresas, informou a Bloomberg.
A proposta ampliaria o escopo das proteções existentes para serem aplicadas às exchanges que permitem negociações sem a intermediação de uma corretora.
Um exemplo desses limites ajudou a impedir que a FTX sacasse fundos de clientes em sua subsidiária LedgerX, unidade do império de Sam Bankman-Fried que era supervisionada pela CFTC, de acordo com Kristin Johnson, uma das comissárias da agência.
Ela explicou que a CFTC exigiu a segregação de ativos dos clientes e da empresa como condição para permitir que a LedgerX oferecesse derivativos cripto totalmente garantidos diretamente aos usuários.
O uso indevido de fundos de clientes foi uma das principais causas para o rombo na FTX, que colapsou há um ano e levou junto várias empresas da indústria de criptoativos.
Leia também: Há um ano, FTX entrava em colapso total; veja como está agora o plano para relançar a corretora
Uma delas foi a plataforma de crédito cripto Celsius, que teve de pedir recuperação judicial no ano passado. Na quinta-feira (9), a Celsius recebeu o sinal verde para seu plano de reestruturação que prevê a devolução de criptoativos aos clientes e a criação de uma plataforma controlada pelos próprios credores, segundo informações da Reuters.
Outros destaques das criptomoedas
Irina Dilkinska, ex-diretora jurídica e de conformidade da OneCoin, se declarou culpada na quinta-feira (9) de acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro relacionadas a um esquema de pirâmide que captou mais de US$ 4 bilhões de aproximadamente 3 milhões de pessoas no mundo todo.
Dilkinska, 42, foi extraditada da Bulgária para os EUA e pode pegar até cinco anos de prisão para cada acusação quando receber a sentença em fevereiro de 2024, de acordo com um tribunal de Manhatan. A também búlgara Ruja Ignatova, líder da OneCoin e conhecida como a “Rainha das Criptomoedas”, continua foragida desde 2017 e está na lista das 10 pessoas mais procuradas pelo FBI.
A Lightspeed Faction, uma empresa de capital de risco com foco em criptoativos, lançou seu fundo inaugural no valor de US$ 285 milhões. A Faction, fundada no ano passado em uma joint venture com a Lightspeed Venture Partners, vai investir principalmente em startups de ativos digitais e blockchain em estágio inicial, disse a empresa na quinta-feira (9).
“Estamos em busca de projetos que realmente acreditamos que possam causar um impacto positivo no ecossistema e impulsionar a inovação em blockchain. Seja em DeFi, infraestrutura, NFTs ou outros (…)”, afirmou Samuel Harrison, cofundador e sócio-gerente da Lightspeed Faction, em entrevista ao The Block.
A plataforma de games The Sandbox aposta em um novo bairro virtual para atrair usuários, que terão a chance de comprar terrenos digitais e a “oportunidade de colaborar, compartilhar ideias e transformar conceitos de filmes em entretenimento imersivo e interativo”. O novo bairro digital, chamado “Cinerama”, contará com títulos de séries conhecidas como “The Walking Dead”, “Black Mirror” e “Peaky Blinders”, segundo comunicado.
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