As principais criptomoedas acompanham a tendência positiva do mercado acionário nesta quinta-feira (28), ainda sob a narrativa de alívio monetário nos EUA, com as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York em alta, enquanto o ouro se aproxima do recorde atingido no início do mês.
O Bitcoin registra valorização de 0,2% em 24 horas, cotado a US$ 43.052, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC ganha 0,4%, negociado a R$ 210.014, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) por sua vez sobe com muita força nesta quinta: valorização de 4,7% e cotado a US$ 2.395.
A segunda maior criptomoeda pode superar o desempenho do Bitcoin em 2024, de acordo com o chefe de pesquisa do ETC Group, André Dragosch. Em análise publicada pelo The Block, ele observou que a demanda por ETH pode ser impulsionada pelos avanços tecnológicos do token e pela posição do Ethereum como uma plataforma líder de contratos inteligentes.
O desempenho do BNB também tem chamado a atenção, com alta de 7,6% em 24 horas e ganho de 25% em sete dias. O Wall Street Journal destaca que o token nativo da Binance tem conseguido subir apesar do ano negativo para a maior corretora cripto do mundo, que foi obrigada a pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões a reguladores nos EUA.
SOL (-6,5%) e BONK (-15%), memecoin emitida na blockchain da Solana, seguem em correção, enquanto outras altcoins operam sem rumo definido, entre elas XRP (+2,5%), Cardano (+5,8%), Dogecoin (+1,2%), TRON (+1,8%), Chainlink (+9,9%), Avalanche (-5,2%), Polkadot (-2,4%), Polygon (-1,3%) e Shiba Inu (+1%).
Portfólio ligado a Trump vende Ethereum
O ex-presidente dos EUA Donald Trump teria vendido US$ 2,4 milhões em Ethereum, de acordo com dados blockchain monitorados pela Arkham Intelligence.
“Parece que Donald Trump está vendendo seu ETH”, escreveu a Arkham no X. “Há três semanas, ele começou a enviar ETH para a Coinbase após meses acumulando royalties de NFTs Trump. O pico do saldo foi de US$ 4 milhões. Com base nos depósitos, até agora ele vendeu 1.075 ETH por US$ 2,4 milhões”, diz o post.
Segundo dados rastreados pela Arkham, a carteira digital associada a Trump possuía cerca de US$ 2,2 milhões em vários tokens até esta quinta-feira (28).
Dados revelados em agosto deste ano mostraram que Trump é proprietário de uma carteira Ethereum. Os números também indicaram que o ex-presidente ganhou cerca de US$ 4,9 milhões em taxas de licenciamento de uma coleção de tokens não fungíveis (NFTs).
ETF da Ark Invest resgata ações no GBTC
Quem também decidiu realizar lucros foi a Ark Investment, empresa da investidora “popstar” Cathie Wood.
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Na quarta-feira (27), o fundo de índice (ETF) ARK Next Generation Internet vendeu todas as suas 2,25 milhões de ações restantes do Grayscale Bitcoin Trust, o maior fundo de Bitcoin do mundo, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. No mesmo dia, comprou 4,32 milhões de ações do ETF ProShares Bitcoin Strategy, segundo dados diários divulgados pela Ark Investment, tornando a gestora a segunda maior detentora do fundo.
Também na quarta, o fundo de índice da ARK comprou 20 mil ações do ETF ARK 21Shares Active Bitcoin Futures Strategy e vendeu 148.885 ações da exchange cripto Coinbase Global, mostra o relatório.
As vendas ocorrem em meio à expectativa do lançamento de fundos com exposição direta ao Bitcoin. Tanto a Grayscale quanto a Ark esperam uma resposta da reguladora SEC para colocar o produto no mercado.
Enquanto uns vendem, outros compram. A MicroStrategy adquiriu mais 14.620 bitcoins, gastando cerca de US$ 615,7 milhões (aproximadamente R$ 2,9 bilhões). A empresa é hoje a maior detentora corporativa de bitcoins do mundo, embora um analista alerte que a ação da MicroStrategy está sobrevalorizada em 26%.
O Bitcoin já subiu cerca de 160% neste ano, mas ações de mineradores de BTC avançaram ainda mais, com ganhos de 800% para a Marathon Digital e de 400% para a Riot Platforms no período, aponta análise da Bloomberg.
Outros destaques das criptomoedas
A Worldcoin, cofundada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, acaba de desembarcar em Singapura, de acordo com post publicado em um blog na quarta-feira (27). Recentemente, o projeto de identidade digital anunciou uma pausa na Índia e encerrou os serviços de escaneamento da Íris nos chamados “Orbs” no Brasil e na França.
Ao The Block, a Worldcoin disse que esses dois mercados serviram apenas como uma prévia limitada dos serviços antes do lançamento definitivo em 2024. O WLD, token nativo do projeto, é cotado a US$ 3,53 em 24 horas, com alta de 0,5%.
E a OpenAI está sendo processada pelo New York Times, assim como a gigante Microsoft, um dos maiores investidores da startup de inteligência artificial. Segundo o processo, milhões de artigos do jornal foram usados para treinar o ChatGPT e outros chatbots sem respeitar os direitos autorais.
O NYT não especifica um valor na ação judicial, mas diz que as duas empresas devem ser responsabilizadas por “bilhões de dólares em danos estatutários e reais” relacionados à “cópia e uso ilegal de obras exclusivamente valiosas” da publicação. Uma porta-voz da OpenAI, Lindsey Held, disse em comunicado que a empresa estava “avançando de forma construtiva” nas conversas com o NYT e afirmou estar “surpresa e decepcionada” com o processo.
O ano de 2023 foi marcado pela distribuição gratuita de tokens para usuários fiéis. Ao todo, os 50 maiores “airdrops” deste ano distribuíram cerca de US$ 4,56 bilhões em tokens para usuários de criptomoedas e finanças descentralizadas (DeFi), de acordo com análise do CoinGecko compartilhada pelo Decrypt. A Arbitrum, uma solução de escalabilidade do Ethereum, foi um dos destaques com a distribuição de quase US$ 2 bilhões em tokens ARB.
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