Imagem da matéria: Manhã cripto: Bitcoin esboça alta, Terra em vias de criar nova LUNA e relação entre bolsas e criptos ganha novo entendimento
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As duas maiores criptomoedas ensaiam uma recuperação nesta quarta-feira (25), com o Bitcoin (BTC) em alta de 1,8% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 29.845, mostram dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) opera estável, negociado a US$ 1.977. 

No Brasil, o Bitcoin avança 1,3%, para R$ 144.102, segundo o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

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O mercado acionário dos Estados Unidos levou um susto na terça-feira com o alerta da Snap. A da plataforma de redes sociais disse que a receita e o lucro para o segundo trimestre devem ficar abaixo das projeções. Com isso, o Nasdaq, focado no setor de tecnologia, fechou em queda de 2,3%. 

Correlação de horários 

Análise do Bespoke Investment Group publicada pela Bloomberg indica que o fraco desempenho do Bitcoin poderia ser atribuído à correlação com os horários de negociação do mercado acionário.  

“Basicamente, todo o declínio do Bitcoin no último mês ocorreu quando os mercados dos EUA estavam abertos”, disseram estrategistas do Bespoke em relatório, um sinal de que a desvalorização do Bitcoin tem mais a ver com investidores que buscam levantar recursos e vender ativos em geral do que uma tendência específica. 

A maior criptomoeda, negociada 24 horas todos os dias, tende a operar relativamente estável nos fins de semana. Mas, quando as bolsas abrem, o BTC cai de um penhasco”, com quedas médias de cerca de 1,5% durante o horário de negociação. 

Dados da Glassnode mostram que a rotação de capital interno está inclinada para o Bitcoin desta vez, talvez devido ao recente colapso dos tokens LUNA e UST. Tal rotação é uma característica de mercados baixistas à medida que investidores recorrem a ativos supostamente mais seguros, aponta o relatório

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De fato, a dominância do Bitcoin está no maior nível desde janeiro, com cerca de 45% do total da capitalização do mercado de criptomoedas. 

Rumo do Bitcoin 

Ainda assim, o chefe de pesquisa da gestora de recursos Valkyrie, Josh Olszewicz, prevê mais perdas para o BTC. Em entrevista ao CoinDesk, o analista disse que a volatilidade precisa diminuir para que o Bitcoin consiga atingir um piso no curto prazo e que o atual declínio pode estar sendo puxado por investidores institucionais. 

Scott Minerd, diretor de investimentos da Guggenheim Investments, é ainda mais pessimista e disse à CNBC que o BTC pode cair para US$ 8.000. Mas uma análise do CoinDesk destaca que as previsões de Minerd oscilam muito. Em dezembro de 2020, por exemplo, quando a criptomoeda valia cerca de US$ 20.000, ele projetava um salto para US$ 400.000.   

Futuro da LUNA 

votação do plano de recuperação proposto para o ecossistema Terra avança. Pelos números atuais, a proposta que defende uma nova versão do token LUNA deve ser aprovada pela comunidade nesta quarta-feira, quando termina a votação. Se de fato for aprovada, a nova versão da criptomoeda será lançada já na sexta-feira, 27 de maio. 

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Mesmo com o “crash” e desconfiança em projetos de finanças descentralizadas, traders parecem estar se preparando para renovar as apostas nas altcoins, que operam entre perdas e ganhos nesta quarta-feira (25) como Binance Coin (+1%), XRP (-0,6%), Cardano (-0,2%), Solana (-1,7%), Dogecoin (-0,9%), Polkadot (+0,3%), Avalanche (-2,5%) e Shiba Inu (-1,5%), mostram dados do CoinGecko.    

Outros destaques 

A participação de estrangeiros nos aportes em startups do Brasil cresceu neste ano. Segundo levantamento da plataforma de inovação Distrito publicado pela Reuters, investidores não residentes participaram de 39% das 238 rodadas em startups brasileiras de janeiro a abril frente a 33% em igual período do ano passado. 

Em Davos, o prefeito de Miami, Francis Suárez, disse que ainda está recebendo seu salário pago pela cidade em bitcoins, apesar da desvalorização de quase 40% da criptomoeda nos últimos dois meses. Mas ele ressaltou que não é “sua única fonte de renda”, segundo a Bloomberg. 

Também presente ao Fórum Econômico Mundial, o CEO da Mastercard, Michael Miebach, surpreendeu durante um painel quando disse que o SWIFT, o atual sistema de mensagens interbancárias que permite pagamentos internacionais, pode não existir em cinco anos, de acordo com o CoinDesk. 

Adam Neumann, fundador e ex-CEO da WeWork, que renunciou em meio a controvérsias relacionadas à oferta pública inicial da empresa, lançou uma startup cripto, a Flowcarbon. O novo empreendimento visa levar o mercado de créditos de carbono à blockchain com o Goddess Nature Token (GNT). 

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A empresa de pagamentos Stripe fechou uma parceria com a startup de criptomoedas OpenNode para permitir que clientes aceitem pagamentos em Bitcoin por meio de um novo aplicativo, segundo anúncio das empresas na terça-feira (24). 

A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos EUA, se tornou a primeira empresa do setor cripto a ser incluída na lista Fortune 500, compilada anualmente pela revista com base no faturamento de companhias americanas. Com receita de US$ 7,8 bilhões no ano fiscal de 2021, a Coinbase ficou em 437º lugar na lista. 

Regulação, Cibersegurança e CBDCs 

O projeto de lei que regulamenta o mercado de criptoativos no Brasil está pronto para avançar na Câmara dos Deputados, disse o deputado Expedito Ferreira Neto (PSD-RO), relator do texto na Casa, durante live realizada pelo Valor. O projeto foi aprovado pelo Senado no fim de abril e poderá seguir para votação já a partir da próxima semana, segundo o deputado. 

Leandro Vilain, diretor-executivo de inovação, produtos e serviços bancários da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), afirmou no evento que, para o sistema bancário, “é uma dor de cabeça” o segmento cripto ainda não estar regulado. 

“Em algumas situações, quando há movimentações suspeitas, além da comunicação ao Coaf, os bancos em geral tentam encerrar o relacionamento com corretoras [suspeitas], mas muitas vezes elas continuam operando por meio de liminares judiciais que acabam trazendo consequências graves para o próprio consumidor”, afirmou, defendendo a existência de um órgão regulador “muito atuante” para o mercado de criptomoedas no Brasil. 

Em meio à ameaça de crimes cibernéticos, dentre eles golpes com criptomoedas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil organizou um evento de duas semanas no Rio de Janeiro e em Porto Alegre com representantes da CIA e do FBI em evento encerrado na última sexta-feira (20). 

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Os vereadores de Porto Alegre Jessé Sangalli (Cidadania) e Alexandre Bobadra (PL) enviaram à Câmara Municipal um projeto de lei que busca estabelecer o Bitcoin Pizza Day como data oficial no calendário da cidade. O objetivo é movimentar a capital gaúcha todo dia 22 de maio com palestras e eventos sobre a data. 

Nos EUA, um projeto de lei para regular os criptoativos pode ser apresentado em junho, conforme o CoinDesk. A proposta das senadoras Kirsten Gillibrand (Democrata de Nova York) e Cynthia Lummis (Republicana de Wyoming) diferenciaria os papéis das principais agências reguladoras do mercado dos EUA. O PL poderia ser votado já em 2023. 

Metaverso, Games e NFTs 

Inspirada na experiência da Ucrânia, Petrópolis aprovou no fim de março uma lei para lançar tokens não fungíveis que ajudarão a pagar pela reconstrução da cidade depois das chuvas de fevereiro. Segundo o jornal O Globo, a prefeitura vai encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio uma consulta para definir o modelo de seu projeto de NFTs e estaria em conversas com plataformas como Mercado Bitcoin e Binance para discutir a viabilidade e interesse. 

Nos EUA, o NoMo SoHo, em Nova York, é o primeiro estabelecimento a aceitar reservas em tokens não fungíveis que incluem pacotes de três a seis noites no hotel de luxo. Os “NFTStays” estão disponíveis por meio da plataforma SolidBlock, especializada na tokenização de ativos para o mercado imobiliário, destacou a Forbes. 

Considerada uma precursora da internet no Brasil, a professora e pesquisadora da UFRGS, Liane Tarouco, de 75 anos, disse em entrevista ao O Globo que o metaverso é de fato o futuro da Internet, e que seu desenvolvimento já traz uma série de aplicações para a indústria, agricultura e educação. Atualmente, a pesquisadora trabalha no Projeto AVATAR (Ambiente Virtual de Aprendizagem e Trabalho Acadêmico Remoto) para implementar mundos virtuais e metaversos em laboratórios para o ensino da ciência. 

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