Silhueta de chapéus masculinos Fedora. Conceito de segurança, privacidade e vigilância
Foto: Shutterstock

O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil (MJSP) comunicou nesta terça-feira (24) que órgão se reuniu por duas semanas no Rio de Janeiro (RJ) e em Porto Alegre (RS) com representantes de agências de inteligência do EUA em uma conferência para discutirem sobre o crimes cibernéticos, dentre eles golpes com criptomoedas.

Intitulada ‘Conferência de Investigação e Prospecção de Crimes Cibernéticos e Identificação, Avaliação e Prevenção de Atos de Violência’, o evento foi encerrado na última sexta-feira (20). Participaram da reunião agentes do FBI, CIA, Homeland Security Investigations e da iniciativa ‘International Computer Hacking and Intellectual Property’ (ICHIP), por meio de uma parceria do governo brasileiro com o Consulado dos EUA.

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Segundo o MJSP, a  serviu para a troca de informações entre as agências americanas e 80 agentes das forças de segurança brasileiras sobre as mais modernas formas de identificar quadrilhas criminosas e delitos cometidos na internet  e assim atualizarem o método de investigação.

Atualização

Os participantes debateram sobre como está o processo de qualificação no combate sobre roubos e negócios escusos com criptomoedas, coleta de vestígios em outros crimes cibernéticos e técnicas de entrevistas e interrogatórios.

“O que os agentes americanos fizeram em duas semanas foi mostrar como investigar esses crimes, rastrear e comprovar a autoria e ainda captar dados e encontrar a materialidade (a autoria e provas). Isso com as ferramentas disponíveis no Brasil”, diz a nota do ministério.

“Investimos intensamente no aperfeiçoamento técnico para que agentes de segurança estejam atualizados nas formas mais avançadas de repressão e enfrentamento ao crime. Os bandidos estão agindo cada vez mais na internet e queremos seguir no endurecimento a essa prática”, destaca o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.

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Para o secretário-adjunto de Operações Integradas, Bráulio de Melo, a troca do conhecimento com os agentes americanos traz uma qualificação técnica e específica que vai ajudar na formação dos policiais brasileiros no combate a vários crimes, como roubo a contas, golpes com criptomoedas e lavagem de dinheiro.

“As transações criminosas já são digitais e para identificar esses rastros precisamos evoluir para agir no ciberespaço e na deepweb (a chamada internet profunda)”, comentou Melo.

Polícias do RS e RJ

Participaram também da conferência as polícias civis do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

“Tivemos dinâmicas práticas, com casos reais e aprendemos com profissionais experientes em grandes investigações em crimes cibernéticos”, disse o delegado titular da Delegacia de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Leonardo Borges.

Diogo Ferreira, titular da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, em Passo Fundo (RS), também deixou seu comentário:

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“Essa troca de informações e sistema de cooperação são sempre bem-vindos. As técnicas utilizadas e ensinamentos trazidos pelos norte-americanos foram bastante proveitosos, tendo em vista que eles estão à frente das mais complexas investigações”.

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