Bitcoin, Ethereum
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Após o susto com a Tesla e o aumento da taxa de juros em 0,5 ponto percentual pelo Banco Central Europeu, o mercado de criptomoedas opera no azul nesta sexta-feira (22), enquanto os índices futuros americanos mostram sessão volátil. O Bitcoin (BTC) mostra alta de 2,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 23.470,94, segundo dados do CoinGecko.  

No Brasil o Bitcoin avança 2% nesta sexta-feira (22), negociado a R$ 128.180,66, mostra o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

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Já o Ethereum (ETH) dá um salto de 8,5%, para US$ 1.639,02.  A formadora de mercado Cumberland disse em tuíte que investidores institucionais aumentaram posições compradas em Ethereum durante o rali da segunda maior criptomoeda esta semana, incentivados pela migração da rede para o mecanismo de consenso proof of stake (PoS), um processo conhecido como Fusão. 

As principais altcoins também ensaiam uma recuperação, entre elas Binance Coin (+5,5%), XRP (+2,9%), Cardano (+3,7%), Solana (+6,9%), Dogecoin (+3,1%), Polkadot (+5,8%), Shiba Inu (+4,7%), Polygon (+5,1%) e Avalanche (+6,3%). 

Criptomoedas hoje

Em artigo no Valor, André Franco, chefe de pesquisa do MB, diz que, apesar de o anúncio da Tesla ter interferido no desempenho positivo do Bitcoin, a boa notícia seria a retirada de um “grande vendedor compulsório” da criptomoeda. 

Com várias corretoras e formadores de mercado divulgando seu nível de exposição a plataformas com problemas de liquidez, o pedido de recuperação judicial da Celsius e o token stETH a caminho de retomar a paridade, é provável que o contágio no setor tenha atingido o pico, disse o Citi em relatório publicado pelo CoinDesk. Além disso, o fluxo de saques de stablecoins está normalizado, aponta o banco. 

Os fundadores do hedge fund cripto Three Arrows Capital (3AC), Su Zhu e Kyle Davies, quebraram o silêncio em entrevista à Bloomberg. A dupla descreveu o colapso como “lamentável”, mas negou alegações de que retiraram dinheiro do fundo antes do colapso, segundo a agência. 

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Tokens são valores mobiliários?

A necessidade de regulação é cada vez mais defendida por investidores e players da indústria cripto em meio às perdas com a crise de crédito e práticas irregulares. 

Um ex-gerente de produtos da exchange Coinbase Global foi preso na quinta-feira (21) como resultado do primeiro caso revelado de negociação de ativos digitais com informações privilegiadas, o chamado “insider trading”, que gerou ganhos acima de US$ 1,1 milhão, segundo autoridades.

Ishan Wahi é acusado de vazar informações para ajudar seu irmão e um amigo a comprarem tokens pouco antes de serem listados na bolsa. O caso envolveu uma ampla investigação conduzida por promotores federais e pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. Wahi também é acusado de violar as regras antifraude da agência. 

O caso levou autoridades da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, a CFTCpedirem maior colaboração entre as agências. “As alegações da SEC podem ter amplas implicações além deste caso, ressaltando o quão crítico e urgente que reguladores trabalhem juntos”, disse Caroline Pham, comissária da CFTC, órgão que tem a preferência da indústria cripto para supervisionar o setor nos EUA. 

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A SEC listou nove tokens que classificou como “valores mobiliários” na investigação sobre o ex-funcionário da Coinbase: AMP, RLY, DDX, XYO, RGT, LCX, POWR, DFX e KROM. Sem essa classificação, o processo provavelmente seria conduzido pela CFTC, conforme o The Block. 

O tema sobre definir tokens como valores mobiliários ou não é chave para a indústria cripto. Uma consulta ao “Freedom of Information Act” feita pelo CoinDesk, por exemplo, não mostra registro de intimação enviada à Binance sobre o token BNB em 2022, indicando que a reguladora pode ter apenas feito perguntas sobre as transações. 

Em entrevista à CNBC na quinta-feira (21), Gary Gensler, presidente da SEC, disse que a agência pode exigir o registro de algumas plataformas de empréstimo de criptomoedas, caso estas operem mais como empresas de investimento. A atuação da agência foi criticada pela Coinbase, que pede regras mais favoráveis à indústria de criptoativos.  

Destaques das criptomoedas 

A 2TM, holding que controla o MB, planeja começar a atuar no México até o fim do ano, onde aguarda aprovação de reguladores. “Certamente, neste segundo semestre, começa uma operação no México”, afirmou Reinaldo Rabelo, CEO do MB, em entrevista à Reuters. O executivo explicou que não se trata necessariamente de uma aquisição específica no setor de criptoativos, mas que permitirá levar a plataforma ao mercado mexicano. 

O marketplace cripto BitPreço anunciou a aquisição da Biscoint, corretora brasileira de criptomoedas que tinha entre os sócios Thiago Nigro, o popular YouTuber de finanças mais conhecido como Primo Rico. Nigro, por meio de sua empresa Grupo Primo, passa a ser sócio da BitPreço, pois optou por migrar sua participação na Biscoint para o novo grupo, disse ao Portal do Bitcoin o CEO da BitPreço, Ney Pimenta. 

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A plataforma Investidores.vc, grupo de investidores anjo fundado por Amure Pinho, levantou R$ 2,9 milhões para financiar a abertura de uma gestora e seu primeiro fundo próprio, de acordo com o portal Pipeline do Valor

A corretora de criptomoedas Blockchain.com vai demitir 150 pessoas, cerca de 25% do quadro de funcionários, e pausar a estratégia de expansão global, informou o CoinDesk na quinta-feira (21). A empresa planeja fechar os escritórios na Argentina, que responde por 44% dos funcionários demitidos, seguida por EUA (26%) e Reino Unido (16%). A Blockchain.com disse que a demanda tem se mostrado mais forte na Europa, EUA e África, e mais franca na América Latina. 

Tesla, MicroStrategy e Block registraram, juntas, um impacto combinado estimado de US$ 5 bilhões no segundo trimestre devido às suas posições em Bitcoin, segundo cálculos da Bloomberg baseados em informações das empresas sobre suas reservas da criptomoeda. A desvalorização das posições reflete a queda de 59% no preço do BTC no trimestre encerrado em 30 de junho.  

Mesmo com o inverno cripto, trabalhadores remotos na América Latina ainda querem ser pagos em ativos digitais. As criptomoedas responderam por 5% de todos os pagamentos aceitos por profissionais em home office no primeiro semestre, acima dos 2% nos últimos seis meses de 2021, de acordo com pesquisa da Deel divulgada pela Bloomberg 

Regulação, Cibersegurança e CBDCs 

Caso seja eleito, o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) descartou a possibilidade de o Bitcoin ser utilizado como moeda de curso legal no Brasil. Após debate na quinta-feira (21) com empresários na Fiesp, o pedetista afirmou que se considera “muito conservador” em matéria de finanças.  

Falando de bitcoins: é uma moeda que não tem uma autoridade que dê a ela curso forçado ou que dê a ela lastro como reserva de valor. Um belo dia pode virar uma pirâmide”, disse Ciro em resposta ao Portal do Bitcoin durante coletiva de imprensa. 

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O portal de notícias Exame teve sua conta no Twitter hackeada na quinta-feira (21) por golpistas de criptomoedas. O perfil exibia um post fixo de um projeto de tokens não fungíveis chamado Doodles 2 e várias postagens promovendo o negócio, possivelmente fraudulento. 

Na Coreia do Sul, promotores fizeram uma busca na residência do cofundador da Terraform Labs, Daniel Shin, ampliando uma investigação sobre alegações de atividade ilegal por trás do colapso da stablecoin TerraUSD, de acordo com a Bloomberg

Autoridades da Finlândia anunciaram a venda de 1.889 bitcoins confiscados equivalentes a 46,5 milhões de euros (US$ 47,35 milhões). A quantia foi confiscada em apreensões de drogas antes de 2018 e transferida para o controle do Estado por meio de decisões judiciais. Um porta-voz da agência alfandegária contou ao Decrypt que o lucro total das vendas será doado à Ucrânia. 

Metaverso, Games e NFTs 

Apesar da decisão da Mojang Studios, desenvolvedora do jogo Minecraft da Microsoft, de banir o uso da tecnologia de tokens não fungíveis, a Epic Games não tem intenção de adotar medida semelhante, garantiu o CEO da empresa. Em resposta a um usuário no Twitter, Tim Sweeney disse: “Desenvolvedores devem ser livres para decidir como desenvolver seus jogos e você está livre para decidir se irá jogá-los”. 

O NFT Worlds, um projeto de metaverso baseado no Minecraft, pretende revelar um plano de ação em resposta à proibição de integrações de NFTs no Minecraft até este fim de semana, segundo tuíte de ArkDev, cofundador da empresa. 

Startups brasileiras que atuam nos mercados de criptoativos, blockchain e metaverso são o foco do novo programa de inovação da empresa de serviços de pagamentos Elo. “Podemos ajudar a startup a acelerar o nível de maturidade e, de certa forma, a fazer negócios mesmo, tanto com a Elo como nas ofertas aos nossos parceiros”, diz Giancarlo Greco, CEO da Elo, em entrevista ao Liderança Digital do Valor. 

O Upland vai trazer a cidade do Rio de Janeiro para sua plataforma, além de fechar uma parceria com a Estação Primeira de Mangueira para o lançamento da primeira quadra de samba do metaverso, conforme a Exame. A cidade maravilhosa chegará ao metaverso em 26 de julho, oferecendo a possibilidade de comprar terrenos virtuais, construir imóveis e participar de eventos. 

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