Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) se aproxima dos US$ 27 mil enquanto Brasil ganha marco regulatório das criptomoedas
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O mercado de ativos digitais amanhece sem rumo definido nesta terça-feira (20), quando entra em vigor o marco regulatório das criptomoedas no Brasil. No cenário global, investidores questionam o ritmo do rali das ações e analisam dados da economia da China, onde o banco central cortou a taxa básica de juros. 

Nas últimas 24 horas, o Bitcoin (BTC) sobe 1,3%, para US$ 26.750,61, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC opera com estabilidade, em alta de 0,12%, cotado a R$ 128.649,76, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) também mostra pouca variação, negociado a US$ 1.723,01. Desenvolvedores do Ethereum querem aumentar limite de “staking”, operação na qual usuários depositam um volume de ETH para validar transações na rede em troca de recompensas. De acordo com a proposta, o staking mínimo seria mantido em 32 ETH, mas investidores poderiam consolidar sua posição para até 2.048 ETH por validador. 

Entre as altcoins, Dogecoin é negociada com estabilidade depois que Elon Musk, também conhecido como “Dogefather”, perdeu uma advogada-chave que fazia parte da equipe que o defende no processo no qual é acusado de inflar o preço do token, por meio de declarações no Twitter e em programas de TV, de acordo com o Decrypt

BNB, token nativo da Binance, recua 1% nas últimas 24 horas. A BNB Chain lançou uma rede de segunda camada, a opBNB, compatível com a Máquina Virtual Ethereum (EVM), em uma rede de testes. 

E na segunda-feira (19), a Binance transferiu fundos para um novo endereço e quase perdeu 15 mil BTC por engano. Em outro destaque, a maior exchange cripto do mundo desistiu de pedir uma licença para operar no Reino Unido. 

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Outras altcoins operam entre perdas e ganhos nesta terça, entre elas XRP (-1,3%), Cardano (-0,6%), Solana (+2,7%), Polygon (+1,1%), Polkadot (-1,8%), Avalanche (+0,3%) e Shiba Inu (-0,8%).   

Bitcoin hoje     

Com as recentes perdas das altcoins em meio à investida de reguladores nos EUA e o plano da BlackRock de lançar um ETF de Bitcoin à vista, na segunda-feira (19) a dominância do Bitcoin ultrapassou 50% pela primeira vez desde maio de 2021, mostram dados da TradingView. 

A notícia da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, animou o mercado, mas um analista ainda vê obstáculos para a maior criptomoeda. 

“O Bitcoin terminou a semana passada de forma bastante positiva, depois de cair para mínimas de três meses na quarta-feira, mas continua vulnerável a novas quedas”, disse Craig Erlam, analista de mercado sênior da OANDA, em entrevista ao CoinDesk.  

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“A tendência de dois meses não está a seu favor, e o fluxo de notícias também não está exatamente ajudando a situação”, afirmou Erlam, acrescentando que, no entanto, o desempenho do Bitcoin no ano ainda impressiona, com valorização acima de 50% desde janeiro. 

Ainda assim, produtos de investimentos cripto registraram saídas pela nona semana consecutiva, totalizando US$ 423 milhões nesse período e US$ 5,1 milhões nos sete dias até 16 de junho, de acordo com relatório da CoinShares. 

Mas, mesmo com o clima hostil nos EUA, produtos de investimento cripto no país receberam US$ 3,7 milhões, enquanto na Alemanha as entradas somaram US$ 2,4 milhões na semana encerrada em 16 de junho.  

O Brasil foi na contramão, com retiradas de US$ 1 milhão no período, segundo o ranking da CoinShares. 

 Marco regulatório das criptomoedas no Brasil 

Mas com o marco legal dos criptoativos entrando em vigor nesta terça e o Banco Central como principal regulador do mercado, especialistas esperam que mais investidores institucionais apostem em ativos digitais. 

Essa é a opinião de João Canhada, fundador da Foxbit: “Uma vez completamente regulado, esperamos um aumento expressivo de volume institucional dos players brasileiros. Neste momento, o governo brasileiro se coloca na dianteira de centenas de países e processos regulatórios em andamento, sendo espelho para todos os demais”, disse em entrevista ao jornal O Globo

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Em meio à expectativa de maior segurança para investidores de criptoativos no mercado brasileiro, pirâmides e fraudes com criptomoedas passam a ter tipificação no Código Penal. 

Com isso, a CPI das Pirâmides Financeiras acelera os trabalhos. O próximo objetivo é ouvir o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os fundadores da Braiscompany, Antonio Neto Ais e Fabrícia Campos, acusados de formar uma pirâmide financeira e que estão foragidos desde fevereiro deste ano.  Áureo Ribeiro (Solidariedade, RJ), presidente da Comissão, publicou dois requerimentos nos últimos dias. Em um deles, pede que o presidente do BC seja convidado para prestar informações sobre como será a regulação do setor de criptomoedas no Brasil.   

Outros destaques das criptomoedas  

A tokenização é o processo pelo qual ativos do mundo real são convertidos em tokens baseados em blockchain. Relatório do Bernstein estima que o potencial desse mercado pode chegar a US$ 5 trilhões nos próximos cinco anos, liderado por stablecoins e pelas chamadas moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), fundos do mercado privado, valores mobiliários e imóveis. 

Na segunda-feira (19), o Fundo Monetário Internacional revelou um plano para criar um sistema global de CBDCs que permitirá controles de capital para aumentar a interoperabilidade entre moedas de diferentes países, bem como reduzir os custos de pagamento.  

Na União Europeia, a legislação para lançar o euro digital, cuja publicação estava prevista para o dia 28 de junho, foi adiada, segundo o CoinDesk, enquanto o Reino Unido está perto de aprovar regras para o mercado de stablecoins e criptomoedas, de acordo com o Decrypt. 

A startup de web3 Animoca Brands, conhecida por seus investimentos nos setores de metaverso, jogos e educação, anunciou uma parceria estratégica com a Mitsui & Co. que inclui um investimento não revelado do conglomerado japonês. O acordo da Animoca, que tem sede em Hong Kong, ocorre em um momento em que o governo japonês defende a adoção da web3 como estratégia nacional, de acordo com o The Block

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O explorador de blocos Etherscan lançou o Code Readeruma ferramenta que usa inteligência artificial para interpretar o código-fonte de um endereço de contrato específico. É mais um exemplo de integração entre as tecnologias blockchain e de IA, na esteira do lançamento da ferramenta baseada no chatbot ChatGPT pela Alchemy e do plugin para o ChatGPT da Solana Labs. O Code Reader requer uma chave de API da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, e opera apenas com fins informativos.  

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