O mercado de criptomoedas passa por uma forte queda nesta quarta-feira (3), na esteira do forte rali do Ano Novo que elevou o Bitcoin para a maior cotação em quase dois anos e resultou na liquidação de US$ 73 milhões em posições vendidas.
O Bitcoin recua 7,2% em 24 horas, para US$ 42.067, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC perde 2,5%, negociado a R$ 217.551, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) mostra baixa de 8,7%, cotado a US$ 2.199.
As principais altcoins são negociadas com grande desvalorização, entre elas XRP (-12%), Solana (-15%), Cardano (-13%), Dogecoin (-10%), TRON (-4,6%), Chainlink (-14,1%), Avalanche (-15,9%), Polkadot (-16%), Polygon (-14%), Shiba Inu (-12%) e BNB (-3,6%).
Bitcoin hoje
Apesar da queda nesta quarta, o Bitcoin subiu mais de 6% nos três primeiros dias de janeiro, em um contraste com o fraco começo de ano nos mercados globais, destaca análise da Bloomberg.
Essa cautela de traders de renda variável atingiu papéis de empresas cripto. Enquanto o Bitcoin disparava acima de US$ 45 mil, a ação da Coinbase, maior exchange dos EUA, ia na contramão, com queda de quase 10% na terça-feira (2).
Em meio ao mau humor nas bolsas, o papel da MicroStrategy, maior investidora corporativa de Bitcoin, subiu 8,5% ontem. Michael Saylor, cofundador da empresa de software de análise, começou a vender US$ 216 milhões em opções de ações da companhia.
A maior criptomoeda acumula valorização superior a 155% em 12 meses em meio à expectativa de que fundos com exposição direta ao Bitcoin, os chamados ETFs, aumentem ainda mais a demanda por ativos digitais.
John Palmer, presidente da CBOE Digital, disse à Bloomberg TV que a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista deve atrair novos investidores institucionais ao mercado cripto, como fundos de pensão.
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A consultoria Matrixport reiterou suas previsões sobre o preço do Bitcoin para este ano, prevendo que o BTC poderia atingir US$ 50 mil até o próximo fim de semana.
HSBC desafia Revolut e Wise com novo aplicativo
No setor de pagamentos, o HSBC lançou nesta quarta-feira (3) um aplicativo no Reino Unido para oferecer transferências internacionais em mais de 30 moedas a não correntistas, competindo diretamente com as fintechs Revolut e Wise, de acordo com o Financial Times.
Batizado de Zing, o aplicativo multimoedas pode ser baixado nas lojas do Google e Apple e vai disponibilizar um cartão de débito para compras no exterior a baixo custo. O HSBC planeja estrear o app em pelo menos mais dois continentes até o final de 2024, disse um porta-voz ao FT.
No Brasil, o Pix registrou R$ 15,3 trilhões em transações entre janeiro e novembro de 2023, o triplo do valor movimentado em 2021, e com 143 milhões de pessoas físicas cadastradas no período, segundo o jornal O Globo.
Outros destaques das criptomoedas
No mercado de tokens não fungíveis (NFTs), o volume mensal de vendas na rede Solana superou o nível negociado na blockchain Ethereum pela primeira vez em dezembro, mostram dados da plataforma de análise CryptoSlam divulgados pelo Decrypt. As vendas de NFTs na Solana totalizaram cerca de US$ 366,5 milhões no mês passado, em comparação com US$ 353,2 milhões na Ethereum.
Os números “orgânicos” da CryptoSlam excluem negociações suspeitas, o chamado “wash trading”, com cerca de US$ 381 milhões em vendas excluídas na Ethereum e apenas US$ 10,1 milhões desconsideradas na Solana.
Após dois anos com projetos na web3, as receitas de tecnologia da Puma permanecem modestas, mas enquanto algumas marcas deixam o espaço, a fabricante de roupas esportivas quer redobrar a aposta no mercado cripto. “A web3 é uma grande mudança na forma como as pessoas usam a internet”, disse ao TechCrunch Ivan Dashkov, chefe de tecnologias emergentes da empresa. “Não acreditamos que a forma como o espaço existe hoje será a mesma daqui a quatro ou cinco anos, mas queremos estar prontos.”
Eleitores adeptos das criptomoedas nos EUA tendem a apoiar um candidato democrata ao Congresso, mas disseram que votariam no republicano Donald Trump em vez de reeleger o presidente Joe Biden em 2024, segundo pesquisa encomendada pelo Crypto Council for Innovation e compartilhada pelo The Block. O levantamento, que entrevistou 454 pessoas em dezembro, revelou que 41% desses eleitores escolheriam Biden, enquanto 51% votariam em Trump para presidente.
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