Imagem da matéria: Kraken vai recompensar quem resolver caso de exchange que perdeu R$ 700 milhões
(Foto: Shutterstock)

A exchange de criptomoedas Kraken, por meio de seu cofundador e CEO Jesse Powell, está oferecendo US$ 100 mil (cerca de R$ 380 mil) para quem ajudar a resolver o mistério do caso QuadrigaCX.

A bolsa canadense perdeu o acesso a R$ 700 milhões em criptoativos e fiat (250 milhões de dólares canadense) após a morte do detentor das chaves privadas. Visando aumentar a conscientização sobre a investigação em curso, a equipe da Kraken fez o anúncio no seu blog na quinta-feira (28).

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“Estamos oferecendo uma recompensa de US$ 100.000 pela descoberta dos fundos de criptomoedas da Quadriga”.

Segundo a nota, a recompensa será paga em fiat ou criptomoeda a quem poder ajudar a localizar os fundos perdidos.

Desde que os fatos sobre o caso QuadrigaCX ficaram evidentes, Powell se propôs em ajudar, já que parte de fundos transferidos misteriosamente também foram parar na sua exchange.

No início de fevereiro, ele disse que sua equipe estava investigando a “bizarra história” e que era inacreditável o fundador ter morrido e as chaves ficarem perdidas.

Do montante desaparecido, a Kraken recebeu parte das 5.000 unidades de ethereum que foram enviadas da QuadrigaCX a várias exchanges, entre elas a Bitfinex, Poloniex e Binance.

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Assinado pela Equipe Kraken, o comunicado faz um resumo do caso que está intrigando a Suprema Corte da província de Nova Escócia, frisando que eles sempre apoiaram na investigação de eventos como esse que “afetam toda a indústria”.

O texto ainda cita o apoio da equipe dado ao caso da Mt.Gox, cujo hack entrou para a história da criptoeconomia.

Fundos remanescentes da QuadrigaCX

De acordo com um relatório da empresa de auditoria responsável pelo levantamento de fundos da QuadrigaCX, Ernst & Young, eles já detém 51 bitcoins, 951 ethereum, 33 bitcoin cash, 2.000 bitcoin gold e 822 litecoins, transferidos em 14 de fevereiro de 2019.

A empresa disse que vai manter as criptomoedas em suas carteiras frias (offline) até uma ordem judicial.

Entenda o caso Quadriga

A morte de Cotten foi anunciada de forma tardia quando sua esposa, Jennifer Robertson, entrou com pedido de proteção ao credor na Suprema Corte da província de Nova Escócia, no Canadá, no dia 31 de janeiro.

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O pedido foi acatado no dia 05 de fevereiro e a empresa não pode receber nenhum processo nos próximos 30 dias a partir desta data.

Robertson alegou que somente o marido detinha as chaves privadas das contas da exchange. Ela apresentou uma declaração de morte de uma empresa de funeral — um hospital particular de Jaipur, na Índia, chamado Fortis Escorts, também confirmou o óbito no dia 07 deste mês.

A exchange ficou inacessível uma semana após a notícia da morte de Cotten, fundador da empresa com 363.000 usuários registrados. Dentre eles, 92.000 possuem saldos em conta.

Testamento dias antes de morrer

Cotten apresentou um testamento 12 dias antes de morrer. Nele, Robertson foi registrada como a única beneficiária e executora de todo o espólio do falecido — eles não tiveram filhos.

Segundo documentos judiciais, a viúva herdou uma grande quantia (não divulgada) de ativos e de dinheiro que mantinha nos bancos Bank of Montreal e no Canadian Tire, carro de luxo de quase meio milhão de reais, iate e até mesmo um avião. É o que mostra o testamento de 27 de novembro de 2018.

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Cotten, cuja morte, segundo Robertson, foi repentina, levou consigo o acesso a US$ 180 milhões em Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash, Litcoin e US$ 70 milhões em fiat, caso as chaves privadas não reapareçam.

O montante totalizou, então, 250 milhões de dólares canadense (cerca de R$ 700 milhões) pertencentes a 115 mil usuários.

Laptop criptografado

No laptop, os endereços de email e o sistema de mensagens que ele usava para administrar a empresa eram todos criptografados.

Nele estavam as chaves privadas e senhas de acesso a tudo que era relacionado às finanças da QuadrigaCX — contas bancárias, fundos de criptomoedas online e offline.

Robertson, que ficou de posse do computador, disse que não conseguiu o acesso ao dispositivo justamente por estar criptografado. Ela não possuía nenhuma chave privada.

Segundo a viúva, o laptop era o único dispositivo que Cotten usava para conduzir tudo a respeito da exchange.

“O computador laptop do qual ‘Gerry’ conduziu os negócios é criptografado e eu não sei a senha ou a chave de recuperação. Apesar de vários esforços em buscas, não consegui encontrá-las em nenhum lugar”, diz o documento assinado pela viúva.


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