miniaturas de quatro pessoas diante de uma moeda de bitcoin em cima da bandeira do Brasil
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O Mercado Bitcoin (MB) anunciou nesta terça-feira (16) que saiu da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), entidade da qual foi um dos fundadores. Segundo comunicado oficial da empresa, a decisão foi tomada após divergências estratégicas em relação à representatividade e aos objetivos da associação no atual cenário do mercado cripto. 

“A ABCripto desempenhou um papel importante na criação de marcos regulatórios, mas, na perspectiva do MB, a agenda atual não atende às necessidades de evolução do ecossistema cripto para empreendedores brasileiros”, afirma o MB por meio de nota.

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Em entrevista ao portal Neofeed, o CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo, disse que a associação passou a defender interesses “amplos demais” e no interesse de pessoas que “na nossa visão não operam da forma correta no Brasil”. 

Rabelo aponta mais especificamente que o Mercado Bitcoin entender ser fundamental que os participantes da indústria tenham representação oficial no país, por meio de um CNPJ, para proteger o investidor brasileiro. 

“Exigir um CNPJ, um representante no Brasil, parece natural e óbvio, mas a ABcripto entende que não é importante, porque nenhuma dessas empresas estrangeiras quer colocar seus sócios com responsabilidade no Brasil, se der algum problema, paciência, o Brasil que fique com o prejuízo”, disse Rabelo.

O executivo ainda afirma que dentro dos atuais 47 associados da ABcripto, existem escritórios de advocacia que defendem interesses desconhecidos e que estão “mais interessados em explorar o mercado local do que desenvolvê-lo”. 

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Outro ponto foi o fim do voto de Minerva que os fundadores, como o Mercado Bitcoin, possuíam. Na prática isso fez o posicionamento da entidade ir para pontos que a corretora não concorda. 

Por fim, o CEO do Mercado Bitcoin afirma que um próximo passo está claro na ABcripto: “Achamos que o próximo passo da ABcripto será filiar a Binance, porque já filiou empresas do mesmo perfil. E não queremos estar lá quando a Binance estiver associada, porque estamos no espectro totalmente oposto do que é a Binance, cujo fundador está preso por financiar terrorismo, lavagem de dinheiro”.   

Por meio de nota, a ABcripto afirma que até o momento não recebeu nenhum pedido de desfiliação por parte do MB. “É importante lembrar que a ABCripto, que hoje conta com mais de 50 associadas, representa o mercado da criptoeconomia de forma ampla, e está dedicada ao desenvolvimento e organização do setor. Como associação, nosso propósito é promover um ambiente seguro do ponto de vista jurídico e de negócios, sempre atuando em conjunto com os órgãos reguladores e com o mercado”, disse a entidade.

Leia abaixo a nota completa do Mercado Bicoin

O Mercado Bitcoin (MB), a maior plataforma de ativos digitais da América Latina, comunica o reposicionamento estratégico em suas relações associativas, focando no desenvolvimento e na maior adoção da tokenização no Brasil. Com isso, a empresa anuncia ampliação na participação na Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em que passará a integrar o ‘Comitê de Tokenização’, e na Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), atuando como mantenedor e na ‘Vertical de Tokenização’. Essas parcerias reforçam o compromisso do MB com a inovação e a colaboração com o mercado financeiro tradicional e com o ecossistema fintech nacional.

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Além disso, o Mercado Bitcoin formaliza sua saída da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), da qual foi um dos fundadores. A decisão foi tomada após divergências estratégicas em relação à representatividade e aos objetivos da associação no atual cenário do mercado cripto. A ABCripto desempenhou um papel importante na criação de marcos regulatórios, mas, na perspectiva do MB, a agenda atual não atende às necessidades de evolução do ecossistema cripto para empreendedores brasileiros.

O MB reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do setor de ativos digitais e tokenização no Brasil e continuará a contribuir ativamente para a construção de um ambiente regulatório positivo e propício à inovação. Essas novas alianças são um passo fundamental para a plataforma manter sua posição de vanguarda e continuar a influenciar o futuro do mercado financeiro e cripto no país.

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