Imagem da matéria: O que sobrou das criptomoedas da QuadrigaCX já estão com empresa de auditoria
Gerald Cotten, o fundador da QuadrigaCX (Foto: Facebook/QuadrigaCX)

A empresa de auditoria Ernst & Young (EY) que está periciando toda a estrutura econômica da exchange de criptomoedas QuadrigaCX publicou um novo relatório nesta quarta-feira (20) afirmando já estar em poder dos criptoativos remanescentes da bolsa.

“Em 14 de fevereiro de 2019, após testes de preparativos, os requerentes transferiram com sucesso as criptomoedas à gerência”, diz um trecho do documento.

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Os testes foram feitos com todos os criptoativos — o endereço ethereum,  por exemplo, que consta no tribunal como carteira ativa da QuadrigaCX, enviou 0,01 ETH antes de enviar todo o montante duas horas depois.

À empresa, foram transferidos 51 bitcoins (cerca de R$ 750 mil), 951 ethereum (R$ 530 mil), 33 bitcoin cash (R$ 18 mil), 2.000 bitcoin gold (R$ 94 mil) e 822 litecoins (R$ 150 mil, aproximadamente).

A empresa disse que vai manter as criptomoedas em suas carteiras frias (offline) até uma ordem judicial, acrescentou o relatório.

O mesmo endereço da carteira de bitcoin que enviou acidentalmente 103 bitcoins (R$ 1,5 milhão) a uma carteira sem acesso, foi usado nesta transferência. O relatório apontou que os bitcoins, contudo, ainda permanecem na wallet.

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Auditora busca fundos em dinheiro

O relatório da EY também forneceu atualizações sobre o andamento do rastreamento de fundos em fiat da exchange.

Eles observaram que são três as principais fontes: Costodian, um processador de pagamentos que movimentou 25 milhões de dólares canadense (CAD) em saques bancários, e  outros projetos em posse do escritório Stewart McKelvey, num total de CAD $ 5,8 milhões, além de vários fundos mantidos por outros processadores de terceiros.

A Costodian já transferiu cerca de US$ 20 milhões para a EY, mas está mantendo outros US$ 5 milhões e US$ 70.000 que afirma pertencerem à empresa. Eles também requerem CAD $ 778.000 em taxas de processamento que alegam ser devido pela QuadrigaCX.

Entenda o caso QuadrigaCX

A morte de Gerald Cotten foi anunciada de forma tardia quando sua esposa, Jennifer Robertson, entrou com pedido de proteção ao credor na Suprema Corte da província de Nova Escócia, no Canadá, no dia 31 de janeiro.

O pedido foi acatado no dia 05 de fevereiro e a empresa não pode receber nenhum processo nos próximos 30 dias a partir desta data, ou seja, até 06 de março de 2019.

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Robertson alegou que somente o marido detinha as chaves privadas das contas da exchange. Ela apresentou uma declaração de morte de uma empresa de funeral — um hospital particular de Jaipur, na Índia, chamado Fortis Escorts, também confirmou o óbito no dia 07 deste mês.

A exchange ficou inacessível uma semana após a notícia da morte de Cotten, fundador da empresa com 363.000 usuários registrados. Dentre eles, 92.000 possuem saldos em conta.

Testamento dias antes de morrer

Cotten apresentou um testamento 12 dias antes de morrer. Nele, Robertson foi registrada como a única beneficiária e executora de todo o espólio do falecido — eles não tiveram filhos.

Segundo documentos judiciais, a viúva herdou uma grande quantia (não divulgada) de ativos e de dinheiro que mantinha nos bancos Bank of Montreal e no Canadian Tire, carro de luxo de quase meio milhão de reais, iate e até mesmo um avião. É o que mostra o testamento de 27 de novembro de 2018.

Cotten, cuja morte, segundo Robertson, foi repentina, levou consigo o acesso a US$ 180 milhões em Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash, Litcoin e US$ 70 milhões em fiat, caso as chaves privadas não reapareçam.

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O montante totalizou, então, 250 milhões de dólares canadense (cerca de R$ 700 milhões) pertencentes a 115 mil usuários.

Laptop criptografado

No laptop, os endereços de email e o sistema de mensagens que ele usava para administrar a empresa eram todos criptografados.

Nele estavam as chaves privadas e senhas de acesso a tudo que era relacionado às finanças da QuadrigaCX — contas bancárias, fundos de criptomoedas online e offline.

Robertson, que ficou de posse do computador, disse que não conseguiu o acesso ao dispositivo justamente por estar criptografado. Ela não possuía nenhuma chave privada.

Segundo a viúva, o laptop era o único dispositivo que Cotten usava para conduzir tudo a respeito da exchange.

“O computador laptop do qual ‘Gerry’ conduziu os negócios é criptografado e eu não sei a senha ou a chave de recuperação. Apesar de vários esforços em buscas, não consegui encontrá-las em nenhum lugar”, diz o documento assinado pela viúva.


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