Imagem da matéria: Os dez maiores roubos sofridos por exchanges de criptomoedas da história
(Foto: Shutterstock)

Ataques de hackers a exchanges de criptomoedas são mais comuns do que gostaríamos. Os roubos podem ser de poucos milhares a bilhões de dólares, prejudicando não somente as empresas, mas também seus clientes e investidores.

Os responsáveis pelas exchanges devem se ater às falhas que seus sistemas podem ter que facilitem o roubo de seus criptoativos. Alguns casos tornaram-se emblemáticos e traumatizantes para o mundo das moedas digitais, como a Mt. Gox.

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Ainda nesta semana, a exchange japonesa Zaif confirmou o roubo do equivalente a R$ 246 milhões de seus ativos, causando sérios problemas para seus clientes.

O Portal do Bitcoin organizou a lista dos dez maiores roubos a exchanges de todos os tempos em valor de perda.

1. Coincheck

No final de janeiro de 2018, a exchange japonesa Coincheck sofreu a maior perda de criptomoeda da história, em valor. Em uma coletiva de imprensa, o chefe de operações da companhia confirmou o roubo de 500 milhões do token NEM, o que equivalia, à época, nada menos de R$ 1,6 bilhão.

Os rumores do ocorrido começaram quando a plataforma da Coincheck suspendeu abruptamente todas suas operações. A empresa também não estava cadastrada na Agência de Serviços Financeiros do Japão.

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2. Mt. Gox

O roubo à Mt. Gox não foi tão grande quanto o da Coincheck, mas certamente foi muito mais impactante e devastador. Em 2014, o ainda incipiente mercado de criptomoedas possuía relativamente poucas grandes exchanges. A maior delas era a a Mt. Gox, responsável por 70% das transações de Bitcoin no mundo em 2013.

No episódio, foram roubados 850 mil BTC, o que, em valores da época, valiam cerca de US$ 450 milhões. O roubo está cercado de suspeitas de fraude da própria Mt. Gox. Em vários momentos, grandes volumes dos roubados foram transferidos para outras exchanges, causando grande desequilíbrio no valor do Bitcoin.

3. Zaif

Este é um dos casos mais recentes, citado no início da matéria. A Zaif congelou as operações de saque e depósitos desde o dia 14 de setembro. No dia 19, a empresa confirmou o roubo do equivalente a US$ 60 milhões.

Foram roubados 5.966 bitcoin (BTC), além de quantias em Bitcoin Cash (BCH) e Monacoin (MONA) das carteiras conectadas á rede, a maioria de clientes. A empresa busca firmar acordo com a Fisco Digital Asset Group para conseguir 5 bilhões de ienes e devolver os valores roubados aos clientes.

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4. BitGrail

No início de fevereiro de 2018, a vítima da vez foi a BitGrail, exchange que teve 17 milhões de NANO roubadas, equivalente a US$ 170 milhões. O ataque fez o token perder 20% de seu valor em poucos minutos.

O proprietário da BitGrail chegou a dizer que poderia modificar a rede blockchain da criptomoeda, de modo que o rombo fosse coberto. O posicionamento oficial da empresa, entretanto, constatou que isso não seria possível.

5. Bitfinex

A Bitfinex sofreu o segundo maior roubo de Bitcoin da história. Em agosto de 2016, 120 mil BTC foram roubados, equivalente a US$ 72 milhões.

Os hackers exploraram uma vulnerabilidade com as carteiras de multi assinatura da Bitfinex usadas para armazenar os fundos de seus clientes. Esse tipo de carteira tem chaves divididas entre vários proprietários para mitigar o risco.

Os criminosos criaram uma configuração com o sistema de outra empresa, a BitGo, que completava os dados e fazia as transações.

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6. Bithumb

Em junho de 2018, a Bithumb, sexta maior exchange de criptomoedas do mundo, perdeu mais de US$ 30 milhões. A empresa declarou que todos os clientes afetados seriam cobertos pelos fundos de reserva.

O roubo teve impacto no mercado, fazendo o Bitcoin cair US$ 200 em valor logo após o anúncio do ataque, sendo negociado a US$ 6.500.

Em 2017, a empresa sofreu outro ataque de hacker em que os dados de 30 mil clientes foram comprometidos.

7. Gasto duplo

Em maio de 2018, um hacker atacou diversas exchanges de criptomoedas simultaneamente, causando prejuízos estimados em US$ 18,6 milhões. Ele teria adquirido a maior parte da capacidade de mineração do Bitcoin Gold, permitindo que ele fizesse depósitos para obter dinheiro fiduciário, e depois sacasse o dinheiro de volta das carteiras das exchanges.

Com a tática conhecida como “gasto duplo” o criminoso teria recebido 388.200 BTG em suas movimentações, criando novos 22 blocos da criptomoeda.

As polêmicas quanto à segurança do Bitcoin Gold aumentaram. No dia do lançamento da moeda digital, outro hacker conseguiu derrubar a rede.

8. Bitstamp

Funcionários da Bitstamp foram alvos de uma ação maliciosa de phishing, recebendo e-mails falsos com a intenção de obter dados secretos sobre a empresa. Em janeiro de 2015, a exchange sofreu perda de 19 mil bitcoins que valiam, no momento, US$ 5,1 milhões.

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A perda só não foi maior porque a maioria das reservas de criptomoedas da Bitstamp estava armazenada em carteiras frias, desconectadas da internet.

9. Coinsecure

Em abril de 2018, a Coinsecure, com sede na Índia, foi roubada por um de seus próprios funcionários. O empregado teria tido acesso a uma das chaves privadas que pertenciam ao diretor da empresa, Amitabh Saxena, e transferiu 438,318 BTC para uma carteira particular.

O roubo causou prejuízo de US$ 3 milhões. A companhia garantiu, entretanto, que o sistema de segurança não foi danificado.

10. EtherDelta

A última exchange atacada da lista é a EtherDelta, que teve seu servidor DNS sequestrado por um hacker em dezembro de 2017, levando cerca de 308 ether, ou US$ 250 mil.

A EtherDelta é uma exchange descentralizada, o que significa que seus funcionários não têm controle sobre os fundos da companhia. O criminoso roubou o endereço de depósitos da empresa, e muitos clientes transferiram quantias em Ethereum para a chave privada roubada pelo hacker.


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