O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) retomou na quarta-feira (4) a audiência de instrução e julgamento de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin“, criador do esquema de pirâmide com criptomoedas GAS Consultoria.
A sessão foi marcada pela 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado. De acordo com O Globo, testemunhas de acusação seriam novamente ouvidas, e Glaidson participaria por videoconferência por estar preso no presídio federal de Catanduvas (PR).
Em julho deste ano, foram ouvidas sete testemunhas de acusação, dentre elas o delegado Guilherme de Paula Machado Catramby, que foi o primeiro a falar. Ele detalhou a operação que resultou na prisão de Glaidson, o modo de atuação da quadrilha, e a função do réu como líder da organização criminosa.
Os policiais Marcelo Ricardo Santos da Silva e Carlos Magno Maurício de Souza falaram sobre a investigação da morte do investidor de criptomoedas e youtuber Wesley Pessano, do qual Faraó do Bitcoin é suspeito de participação. Segundo as investigações, Wesley seria concorrente do acusado nas transações envolvendo criptomoedas.
A quarta testemunha ouvida na época foi o também policial civil Rubens Barbosa da Silva, que falou sobre sua participação nas investigações das tentativas de homicídios de Nilson Alves da Silva e de João Victor Rocha da Silva Guedes. Glaidson também é acusado de ser o mandante da execução dos dois, apontados como seus concorrentes.
Cinco dos denunciados pelo MPRJ de envolvimento no esquema criminosos respondem no mesmo processo do Faraó do Bitcoin. O site não mencionou os nomes que foram ouvidos na audiência de ontem.
A história do “Faraó do Bitcoin”
No mês passado, a prisão do ‘Faraó do Bitcoin’ completou 3 anos. A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação de pirâmide financeira desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.
Glaidson, que ficou conhecido como “Faraó do Bitcoin”, foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 na Operação Kryptos. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos, enquanto outros conseguiram escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson, Mirelis Yoseline Dias Zerpa, que acabou presa em janeiro deste ano em Chicago, Estados Unidos, por morar ilegalmente no país.
Diversas pessoas próximas ao casal confirmam que a divisão de tarefas dentro da GAS era clara: Glaidson lidava com as pessoas e Meireles com o dinheiro.
No ano passado, a GAS Consultoria fez parte de uma extensa lista de empresas convocadas na CPI das Pirâmides, que também intimou Glaidson. Em depoimento, o ex-garçom protagonizou uma série de bate-bocas com alguns deputados e chegou a ser chamado por um parlamentar de “um dos maiores bandidos da história do sistema financeiro nacional”.
Além do roubo do dinheiro de milhares de investidores brasileiros pela pirâmide financeira da GAS, o Faraó também é acusado de ser líder de uma organização que monitorava e assassinava rivais no mercado de criptomoedas, como mostram áudios obtidos pelas autoridades.
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