Há cerca de dois anos, investidores processaram a fabricantes de chips Nvidia por supostamente omitir US$ 1 bilhão em receita com a venda de unidades de processamento gráfico (GPU) para mineradores de criptomoedas.
Na quarta-feira (2), um tribunal distrital federal na Califórnia (EUA) colocou um ponto final na disputa judicial e deu razão para a multinacional, que está no mercado desde 1993.
De acordo com o juiz distrital Haywood Gilliam, os investidores não conseguiram provar as acusações, mesmo depois de terem tido a oportunidade de inserir novas provas ao longo do caso.
Nos autos, eles afirmaram que a suposta omissão teria ocorrido entre maio de 2017 e novembro de 2018.
“As alegações não sugerem de forma plausível que os réus tenham agido pelo menos com imprudência deliberada ou consciente”, disse o magistrado na decisão.
O juiz ainda permitiu que algumas testemunhas levadas pelos investidores fossem ouvidas. No entanto, nenhuma conseguiu provar que houve algum tipo de omissão. Uma delas até falou que as declarações dadas pelo grupo eram “imprecisas”.
Nvidia e mineração
A Nvidia lançou seu primeiro GPU específico para mineração de criptomoedas no início de 2017. Em setembro daquele ano, as ações da empresa valorização 180%, puxadas pela alta demanda por produtos.
Além da disparada de preço dos ativos, o faturamento da empresa também aumentou desde a entrada no setor de ativos digitais. No início de 2018, por exemplo, a empresa disse que, por causa da mineração, a receita do último trimestre de 2017 foi de US$ 2,91 bilhões, 34% maior que o montante registrado no mesmo período do ano anterior.
Já no início de 2020, a Nvidia afirmou que os mineradores de Ethereum contribuíram de 2% a 6% em sua receita do quarto trimestre de 2020, que foi de US$ 5 bilhões.