A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos EUA, endureceu as medidas tomadas recentemente para enfrentar a crise no mercado. Na quinta-feira (02), “em resposta às condições atuais do mercado”, a empresa disse que vai estender a pausa nas contratações pelo tempo que for necessário. As admissões que estavam em andamento também serão rescindidas.
“Depois de avaliar nossas prioridades de negócios, número de funcionários atual e cargos em aberto, decidimos pausar a contratação pelo tempo que esse ambiente macro exigir”, disse a empresa em nota. É mais uma medida tomada por empresas para enfrentar o “inverno cripto”, como vem sendo chamada a crise que já tirou mais de R$ 1 trilhão do segmento.
Segundo a Coinbase, as medidas, contudo, contam com algumas exceções para casos emergenciais: no caso de necessidade de função para atender padrões de segurança e compliance e em situações críticas que requeiram suporte especializado.
Acerca dos novos contratos, “aplicaremos nossa generosa filosofia de indenização para compensar o impacto financeiro dessa decisão”, ressaltou a empresa. “Embora não tenha sido fácil tomar essa decisão, é a mais prudente, dadas as condições do mercado”, concluiu.
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Onda de demissões no mercado cripto
A crise no mercado de criptomoedas não atinge apenas a Coinbase, mas também outras grandes corretoras, como a Gemini, dos irmãos Tyler e Cameron Winklevoss, que anunciou a demissão de 10% de seus funcionários — também na quinta-feira. Segundo a empresa, a medida foi tomada também na quarta em uma tentativa de ajudar a empresa a enfrentar o ‘inverno cripto’.
Na quarta (01), A 2TM, controladora da corretora Mercado Bitcoin, anunciou o corte de cerca de 90 funcionários. Segundo o grupo, a medida servirá para o enfrentamento do novo panorama financeiro global.
Outras corretoras do mercado cripto também já tomaram as mesmas decisões diante da crise no mercado cripto. A corretora argentina BuenBit foi uma das primeiras a anunciar a redução no quadro de funcionários no último dia 24. Segundo o portal Bloomberg Línea na época, o impacto poderia ser de 50% do efetivo, incluído seus escritórios no Peru e no México.
Em seguida veio a nota da Bitso, maior corretora de criptomoedas do México. No dia 26 de maio, a empresa anunciou a demissão de 80 funcionários, incluindo pelo menos um colaborador de sua operação no Brasil. Segundo a empresa, a medida faz parte de uma estratégia que leva em consideração “o desenvolvimento de longo prazo do mercado e da indústria”.