A queda recente no preço do Bitcoin (BTC) está sendo aproveitada pelos HODLers, que são os acumuladores da moeda. Apenas na última quarta-feira (24), eles compraram cerca de 215 mil BTC, o que equivale a mais de R$ 63 bilhões.
O percentual em questão foi o maior em três anos, de acordo com a publicação feita por Lex Moskovski no Twitter, nesta quinta-feira (25). O analista utilizou os dados da glassnode para constatar o fenômeno de acumulação de bitcoins.
HODLers ditam tendência no mercado do Bitcoin
No caso, a estatística da glassnode se refere à “oferta ilíquida do Bitcoin”. Ela pode ser entendida, em resumo, como a quantidade de bitcoins que estão nas carteiras dos holders
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Através do estudo on-chain, a empresa consegue determinar as carteiras cujos donos não costumam vender os seus estoques. Assim, é provável que os 215 mil bitcoins comprados ontem não voltem para o mercado tão cedo.
Além disso, a oferta ilíquida se contrapõe à oferta líquida, que é aquela que fica disponível para a compra dos investidores das criptomoedas.
Com uma quantidade crescente da criptomoeda se destinando aos HODLers, a tendência é a de que a oferta de bitcoin fique cada vez menor, com o passar do tempo. Isso se intensifica com a ocorrência dos halvings. Eles acontecem a cada quatro anos e resultam no corte da emissão de novos bitcoins.
Bitcoin e as demais criptomoedas sofrem quedas expressivas
Apesar do aumento da compra de bitcoins, o bitcoin opera em queda nesta semana caindo para menos de R$ 300 mil. A queda, em dólar, passa dos 10%, sendo que a moeda está cotada em US$ 51 mil (R$ 292 mil). Ao mesmo tempo, o Ethereum (ETH) cai 8%, conforme o Índice de Preço do Portal do Bitcoin.
Uma das possíveis razões para a desvalorização é o vencimento de US$ 6 bilhões em opções de Bitcoin na próxima sexta-feira (26). Também é possível que o cenário econômico instável, devido à Covid-19, esteja impactando o mercado das criptomoedas.