Imagem da matéria: O que vai acontecer quando todos os bitcoins forem minerados
(Foto: Shutterstock)

O número máximo de bitcoins que vão existir é 21 milhões. É isso aí. Depois que todos eles forem minerados, o que deve ocorrer por volta de 2140, nenhum novo Bitcoin entrará em circulação.

A blockchain do Bitcoin foi projetada com base no princípio de oferta limitada, o que significa que apenas um número fixo de Bitcoins podem ser minerados a cada ano até que um total de 21 milhões de moedas sejam mineradas.

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Depois que todos os 21 milhões de BTCs tiverem sido minerados, a rede operará amplamente da mesma forma que agora, mas com uma diferença crucial para os mineradores

Quando o último Bitcoin será minerado?

Aproximadamente a cada dez minutos, os mineradores ‘descobrem’ um novo bloco, o que permite adicionar o bloco recém-descoberto à blockchain. Esse bloco é preenchido com transações que estavam aguardando serem confirmadas, geralmente escolhidas com base no tamanho da taxa de transação que elas fornecem aos mineradores.

Em troca da descoberta de um bloco, o minerador recebe uma recompensa fixa do bloco Bitcoin. Quando o Bitcoin foi lançado, a recompensa era de 50 BTC – mas diminui pela metade (halving) periodicamente, após a descoberta de 210.000 novos blocos. Isso acontece aproximadamente a cada quatro anos, reduzindo a recompensa para 25 BTC, 12,5 BTC, 6,25 BTC e assim por diante. Três cortes foram concluídos até agora; o halving mais recente do Bitcoin ocorreu em 11 de maio, reduzindo a recompensa do bloco para 6,25 BTCs.

Os mineradores poderão continuar recebendo recompensas pelos blocos até que um total de 21 milhões de BTC seja minerado, após o qual nenhum novo Bitcoin entrará em circulação. Atualmente, foram produzidos cerca de 18,4 milhões de BTCs, o equivalente a 87,6% da oferta máxima. Mas levará mais 120 anos até que o último Bitcoin seja minerado, devido à redução gradual que ocorre a cada quatro anos como resultado do processo de halving.

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O que acontecerá com os mineradores?

Depois que todos os 21 milhões de Bitcoin forem extraidos, os mineradores ainda terão um papel fundamental.

Além das recompensas por bloco, os mineradores de Bitcoin também recebem todas as taxas gastas nas transações incluídas em cada bloco recém-descoberto. Atualmente, as taxas de transação compõem uma pequena proporção da receita de um minerador, uma vez que atualmente as mineradoras mineram cerca de 900 BTC (~ R$ 45 milhões) por dia, mas ganham entre 30 a 50 BTC (R$ 1,5 milhão a R$ 2,5 milhões) em taxas de transação por dia. Isso significa que as taxas de transação atualmente representam apenas 3,3% da receita de um minerador – mas em 2140, esse número chegará a 100%.

Perder a recompensa do bloco não desestimulará as mineradoras, de acordo com Simon Kim, CEO do fundo VC #Hashed. “Mudanças no ecossistema do Bitcoin e seu lugar como moeda-chave no mundo virtual podem levar a mudanças significativas na adoção de mineradoras, mesmo depois que as recompensas do bloco pararem”, disse Kim ao Decrypt.

As taxas de transação atingiram o pico em 2017

É verdade que a mudança para uma recompensa puramente baseada em taxas de transação provavelmente dizimaria a rede de mineração nos dias de hoje, já que poucos mineradores seriam capazes de obter lucro se recebessem apenas 3,3% de suas recompensas típicas. No entanto, se a rede explodir em uso, a concorrência por espaço em bloco poderia aumentar drasticamente, o que provavelmente levaria a maiores recompensas de taxa de transação para os mineradores – semelhante ao que foi visto durante a alta do Bitcoin em 2017.

No auge de dezembro de 2017, o total de taxas de transação pagas por dia aumentou para 1.495 BTC no momento em que o Bitcoin foi avaliado em US$ 14.000. Como resultado, as mineradoras ganharam um total de US$ 21 milhões em taxas de transação naquele dia – mais do que as mineradoras atualmente ganham com a recompensa em bloco, indicando que algo semelhante pode ocorrer no futuro.

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Outra possibilidade é que o mecanismo de recompensa para o Bitcoin possa mudar algum tempo antes da mineração do bloco final. Luka Boškin, CMO da plataforma de negociação NewsCrypto, argumentou que, à medida que o número de BTC produzido por mineração diminui, o Bitcoin passará por “mudanças significativas” em seu protocolo. “Isso pode eventualmente incluir uma mudança para um mecanismo de consenso mais ecológico como o Proof os Stake ou outro sucessor do Proof of Work”, disse ele à Decrypt.

*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt.co

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