Um dos fundos da Verde Asset Management, uma das gestoras mais importantes do Brasil, fez uma aposta de R$ 126,3 milhões em cotas do ETF criptomoedas da Hashdex, listado em abril na Bolsa de Valores brasileira.
O montante representava 0,52% do patrimônio liquido do Verde Master Multimercado, cujo total soma R$ 24,2 bilhões. Os dados estão registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na atualização da carteira no segundo semestre, no entanto, as cotas já não aparecem mais. Não é possível saber se a cota permanece na carteira, pois há uma defasagem de três meses nas informações repassadas ao órgão regulador.
Para o analista de mercado Beni Akstein, o movimento mostra que a Verde enxergou uma oportunidade no mercado de criptomoedas.
“Faz muito sentido por causa da diversificação. A proposta é estar em produto diversificado. Eles devem ter visto uma opcionalidade positiva”, disse.
Akstein acredita, no entanto, que apesar de ter sido um passo importante no mercado, outras gestoras não devem seguir o exemplo.
“Não acho que vão copiar, porque a manada ainda é muito receosa com essa neoclasse de ativos”, afirmou.
Na semana passada, entretanto, a gestora de multimercados O3 Capital – criada pela holding de investimentos Península Participações, do empresário Abilio Diniz – revelou que também adquiriu cotas do mesmo ETF.
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ETF de criptomoedas
O ETF de criptomoedas da Hashdex, que recebeu sinal verde da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no início deste ano, segue o índice Nasdaq Crypto Index, criado pela gestora em parceria com a Nasdaq.
O fundo é composto por Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash, Chainlink, Uniswap e Filecoin. Essas duas últimas criptomoedas foram adicionadas no mês de junho.
O produto foi negociado a R$ 53 no dia da estreia no mercado e atingiu uma máxima de R$ 57 duas semanas depois. O Hash11, contudo, acompanhou a queda do bitcoin e está sendo negociado a R$ 37 nesta quarta-feira (04).
Verde Asset
O fundo Verde foi criado em 1997 pelo engenheiro civil Luis Stuhlberger, considerado o maior gestor de fundos do Brasil. Daquele ano até o início de 2021, a aplicação teve rentabilidade de 18.681% do CDI.
Em 2015, Stuhlberger e outros profissionais se uniram e fundaram a gestora Verde Asset Management. Hoje, a empresa tem R$ 54 bilhões de ativos sob gestão, alocados em fundos de multimercados e ações.