Após ficar mais de dois meses afastada da gestão de três fundos de criptomoedas, a gestora Titanium Asset recuperou a operação no fim da última semana. Os fundos haviam sido bloqueados após uma operação da Polícia Federal em 28 de novembro.
Apesar da retomada da gestão, a Justiça decidiu manter as aplicações fechadas para resgate, segundo informações do jornal Valor Econômico.
A Vórtx, administradora dos produtos, afirmou em comunicado que os fundos Structure, Cripto Access e Galaxy passarão a ser geridos por Thais Oliveira Almeida, funcionária da Titanium Asset, nomeada “gestora provisória” pelo período inicial de 60 dias.
Ela deverá prestar contas de suas atividades mensalmente ao Poder Judiciário para efeitos de fiscalização. A Vórtx informa que foi comunicada da decisão judicial no dia 6 de fevereiro.
A suspensão dos fundos ocorreu no âmbito da Operação Ouranós, que investiga uma pirâmide financeira suspeita de movimentar R$ 1 bilhão em um esquema de arbitragem de criptomoedas.
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Com a operação, a Vórtx, por ordem judicial, proibiu quaisquer resgates e liquidações de valores investidos nos fundos. Além disso, ela se tornou a gestora provisória dos produtos, em substituição à Titanium.
Em nota na época, a Titanium Asset disse que não estava envolvida em nenhum esquema ilegal. “A empresa é a maior interessada em esclarecer todos os pontos e não medirá esforços para colaborar com as autoridades no que for necessário”, disse a gestora.
No âmbito da Operação Ouranós, a Polícia Federal cumpriu 28 mandados de prisão, busca e apreensão contra 72 pessoas e empresas, acusadas de terem movimentado cerca de R$ 1 bilhão em um esquema de arbitragem de criptomoedas.
De acordo a PF, o esquema de pirâmide consistiu, pelo menos desde 2020, em operar uma distribuidora de títulos e valores mobiliários para captar os recursos de cerca de 7 mil investidores de 17 estados brasileiros.
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