Os dois executivos da Binance presos na Nigéria irão continuar detidos pelo menos até o dia 20 de março, quando será feita uma nova audiência no caso. As informações foram repassadas pelos familiares dos acusados, segundo reportagem do The Wall Street Journal de quarta-feira (13).
O chefe da área de compliance contra crimes financeiros, Tigran Gambaryan (cidadão dos Estados Unidos), e o diretor da Binance na África, Nadeem Anjarwalla (cidadão do Reino Unido e do Quênia), foram presos no dia 26 de fevereiro em Abuja, capital da Nigéria.
Até o momento, não foram apresentadas queixas criminais formais contra os dois executivos. Porém, a Nigéria acusa a Binance de ajudar a desestabilizar a naira, moeda do país.
Um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Nigéria disse ao jornal que se trata de uma questão de segurança nacional.
A esposa de Anjarwalla também falou com o Wall Street Journal e afirmou que uma ordem de detenção de duas semanas foi fixada contra o marido e o colega no dia 28 de fevereiro.
Os executivos viajaram à Nigéria no final de fevereiro após a decisão do país de bloquear vários sites de corretoras cripto, incluindo o da Binance, mas foram detidos pelo gabinete do conselheiro de segurança nacional e tiveram seus passaportes apreendidos.
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Nigéria acusa Binance de manipulação
O governo da Nigéria quer uma indenização de cerca de R$ 50 bilhões (US$ 10 bilhões) da Binance por supostas perdas massivas que a corretora gerou ao país.
As autoridades alegam que a corretora de criptomoedas influenciou o aumento das taxas de câmbio através da especulação da Naira (NGN), o que teria causado uma queda de 70% da moeda nos últimos meses.
Bayo Onanuga, um dos porta-vozes do presidente Bola Tinubu, disse que o governo viu o efeito das operações da Binance na Nigéria. “A plataforma fixa o câmbio do país e é um cálculo ilegal. O CBN (Banco Central da Nigéria) é a única autoridade que pode fixar a taxa de câmbio do país”, disse Onanuga, segundo a BBC.
Além disso, o presidente do banco central nigeriano, Olayemi Cardoso, acusou a exchange de ser usada para canalizar fundos “ilícitos” e “suspeitos”, e que a operação da Binance na Nigéria movimentou no ano passado US$ 26 bilhões em fundos não rastreáveis.
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