Presidente do Banco Central da Nigèria, Olayemi Cardoso, posa para foto
Foto: Divulgação/Banco Central da Nigéria

A operação da Binance na Nigéria movimentou no ano passado US$ 26 bilhões em fundos não rastreáveis, afirmou o presidente do banco central do país, Olayemi Cardoso. De acordo com uma publicação do The Guardian na terça-feira (27), Cardoso acusou a exchange de ser usada para canalizar fundos “ilícitos” e “suspeitos”.

Os comentários foram feitos durante uma reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central da Nigéria (CBN), realizada na capital Abuja. Cardoso teria afirmado que os milhões de dólares passaram pela Binance Nigéria “de fontes e usuários que não conseguimos identificar adequadamente”.

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Segundo a publicação, Cardoso disse ainda que as autoridades estão trabalhando para controlar a situação e impedir a entrada de manipuladores de mercado.

Bayo Onanuga, porta-voz do presidente da Nigéria, Bola Tinubu, compartilhou as denúncias em um post no X.

A crise cambial da Nigéria

Conforme apurou o CoinDesk, a Nigéria enfrenta uma crise cambial e procura formas de limitar as saídas, pois recentemente a naira nigeriana atingiu mínimos históricos. Além de medidas como a imposição de taxas aos trabalhadores expatriados, descreve o site, têm sido tomadas novas ações para restringir empresas de criptomoedas no país. A Binance, procurada pelo site estrangeiro para comentar a situação na Nigéria, não retornou.

Na semana passada, autoridades da Nigéria bloquearam o acesso a algumas das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, em meio à tentativa do governo de frear a especulação cambial e a forte desvalorização da moeda local.

Na ocasião, a Comissão Nigeriana de Comunicações (NCC) ordenou que empresas de telecomunicações restringissem o acesso de consumidores aos sites de empresas como Binance e Kraken. No caso da Coinbase, ao se manifestar sobre o assunto, afirmou que sua plataforma local estava acessível.

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