Imagem da matéria: Ex-presidente do BC da China diz que yuan digital não é uma ameaça ao dólar
Bitcoin em cima de numa nota de Yuan (Foto: Shutterstock)

Zhou Xiaochuan, o ex-presidente do banco central da China, disse em uma conferência no domingo que o yuan digital não está sendo emitido para substituir as moedas fiduciárias existentes, informou a publicação local SCMP.

Em vez disso, a moeda digital funcionará junto com os sistemas de pagamento digital atualmente usados ​​oferecidos por nações e operadoras privadas.

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Muito tem sido escrito nos últimos meses sobre o iminente yuan digital da China, oficialmente chamado de Digital Currency Electronic Payment (DCEP), e suas aspirações de facilitar os sistemas de pagamento globais e gradualmente se tornar a espinha dorsal dos pagamentos na Ásia após seu lançamento em 2022.

Os testes foram amplamente bem-sucedidos até agora. Mais de US$ 300 milhões foram transacionados no mês passado e um teste na semana passada – um recurso de pagamentos “tap” que imitou pagamentos em dinheiro – registrou um recorde de US$ 3 milhões em transações no fim de semana.

Mas nada disso significa lidar com dinheiro fiduciário em todo o mundo, observa Zhou. “Alguns países estão preocupados com a internacionalização do yuan. Não podemos pressioná-los em questões delicadas e não podemos impor nossa vontade”, disse ele.

Zhou afirmou que a mudança de foco ocorreu depois que as autoridades chinesas observaram a reação global ao ambicioso projeto de stablecoin do Facebook, inicialmente chamado de Libra. Este último pretendia se apoiar em uma cesta de diferentes moedas fiduciárias e usar a rede abrangente do Facebook para operar globalmente.

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Mas esse plano foi recebido por críticas estritas de governos desafiando a noção de uma empresa privada tentando assumir o controle dos sistemas financeiros mundiais. Libra mudou desde então para Diem e agora está se concentrando como um stablecoin apoiado em dólares com objetivos silenciosos – um movimento que os criadores do yuan digital já perceberam.

“Não somos como Libra e não temos a ambição de substituir as moedas existentes”, disse Zhou, acrescentando que embora o yuan digital possa ser um caso de uso para investimentos ou comércio, não se destina a substituir ou desafiar o Dólar e Euro.

Então, onde o yuan digital ajuda no cenário atual? De acordo com Zhou, é uma ferramenta que ajuda com transparência e responsabilidade no espaço de pagamentos digitais existentes na China, liderada por players privados como WeChat e Alibaba.

Outra é para remessas internacionais em tempo real e câmbio, que as empresas locais demoram a fazer. Com o tempo, ela começará a trabalhar com fornecedores internacionais para aceitar pagamentos no yuan digital. Mas de uma forma gradual e amigável, é claro.

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