O ex-capitão da Seleção Brasileira de Futebol Cafu promoveu uma empresa de investimentos chamada Arbcrypto e que promete rendimentos diários até 2,5% ao dia. Típico de esquemas de pirâmide financeira, a plataforma diz que o lucro é oriundo da arbitragem com bitcoin.
Em um vídeo no canal da empresa no Facebook, Cafu chegou a se apresentar como embaixador do negócio: “Capitão na área, hoje embaixador da Arbcrypto”.
Ele promoveu um encontro entre os associados chamado ‘ArbFest’, que aconteceu em agosto deste ano.
A Arbcrypto já tem recebido reclamações no Reclame Aqui por falta de pagamento. Há mensagens registradas há mais de uma semana e que ainda não foram respondidas.
“Já tenho mais de 50 dias esperando o valor do saque”, diz um investidor de Salvador (BA), que direciona a mensagem ao presidente da empresa, Alexandre Kwok.
“Alexandre Kwok, devolva meu dinheiro. Na coletiva de imprensa você disse que a ArbCrypto era uma empresa séria que se comprometia com seus afiliados, e agora some com o dinheiro de todo mundo!”, completou.
Indícios de pirâmide financeira
A Arbcrypto, cuja sede fica em Belize, na América Central, diz ser uma empresa de soluções de tecnologia focada no desenvolvimento de ferramentas especiais para o mercado de criptomoedas.
Ela se descreve assim:
“Arbcrypto está aberta a pessoas ambiciosas que gostariam de fazer parte de nossos altos lucros diariamente por meio de uma forte rede de contatos operada por uma equipe operacional altamente qualificada”.
O negócio, no entanto, é uma plataforma que diz “compartilhar resultados financeiros positivos nos negócios de arbitragem de criptomoedas por meio de um robô chamado ‘Arbitron’.
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Isso lembra os robôs da Atlas, o ‘Quantum’, e da DD Corporation, que tem o ‘Next’.
A empresa ainda oferece um bônus de 10% por cada indicação, um bônus binário e vários prêmios para quem alcançar metas, que são viagens, cruzeiros, carros de luxo, entre outros.
Cafu, Ronaldinho e pirâmide
Supondo que o ex-capitão da Seleção não conheça muito o mercado de criptomoedas, ele pode acabar manchando o seu nome assim como aconteceu com Ronaldinho Gaúcho.
Ronaldinho proveu pelo menos dois negócios suspeitos, LBLV (alvo na CVM) e 18K (alvo no Ministério Público e na CVM). Fora o seu próprio negócio, no ano passado, com a ‘Ronaldinho Soccer Coin (RSC)’, uma criptomoeda que não vingou.
Há duas semanas, Ronaldinho Gaúcho depôs no Ministério Público de São Paulo (MPE-SP), na cidade de Barueri, como testemunha no caso da 18K Ronaldinho.
O MP recebeu uma denúncia de prática de pirâmide e a empresa passou a ser investigada por oferecer rendimentos de até 2% ao dia.
- Leia também: Deputado de São Paulo defende policial da Rota acusado de extorsão a empresário de bitcoin de Santos
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