Uma reportagem da agência de notícias Reuters publicada nesta quinta-feira (1º) revelou que promotores federais dos EUA pediram que a Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, entregasse extensos registros internos sobre seus procedimentos de combate à lavagem de dinheiro, além de mensagens de seu fundador e CEO, Changpeng “CZ” Zhao.
Segundo a agência de notícias, o pedido foi feito no final de 2020, solicitando que a corretora entregasse, de forma voluntária, mensagens de CZ e outros 12 executivos e parceiros da empresa sobre assuntos relacionados à detecção de transações ilegais pela exchange e o recrutamento de clientes dos EUA.
O documento também buscava obter quaisquer registros da empresa que continham instruções para que “documentos sejam destruídos, alterados ou removidos dos arquivos da Binance” ou “transferidos dos Estados Unidos”.
O inquérito partiu da seção de investigação de crimes de lavagem de dinheiro do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), que apurava na época se a Binance estava em conformidade com as leis de crimes financeiros do país.
Investigando a Binance
Quatro pessoas familiarizadas com o inquérito disseram à Reuters que os promotores americanos investigaram se Binance violou especialmente a Lei de Sigilo Bancário.
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Essa lei exige o cumprimento dos requisitos do Departamento do Tesouro dos EUA de combate à lavagem de dinheiro por empresas que movimentam grandes volumes de dinheiro. Quem descumpri-la, pode sofrer penas de prisão de até 10 anos.
A Reuters disse que não descobriu se a Binance respondeu ao pedido de entrega voluntária de informações para a divisão criminal do DOJ.
Apesar disso, o diretor de comunicações da Binance, Patrick Hillmann, afirmou ao veículo que a exchange “trabalha com agências regularmente para resolver quaisquer dúvidas que possam ter”, mas sem responder se corretora entregou as informações solicitadas.
“Os reguladores em todo o mundo estão entrando em contato com todas as principais exchanges de criptomoedas para entender melhor nosso setor. Este é um processo padrão para qualquer organização regulamentada”, garantiu Hillmann.