Imagem da matéria: Diretor do Nubank defende Real Digital como chance do BC entrar nas finanças descentralizadas
Foto: Shutterstock

O Banco Central do Brasil realizou nesta terça-feira (19) o quinto webinar da série “O Real Digital” que discute com especialistas do setor financeiro os caminhos para a criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) aqui no Brasil. 

O diretor de Relações Institucionais do Nubank, Bruno Magrani, foi um dos participantes do debate que mais defendeu o real digital como uma porta de entrada do Banco Central ao meio das finanças descentralizadas (DeFi).

Publicidade

“Acho que o Banco Central tem a oportunidade única de não ignorar o movimento das finanças descentralizadas, mas sim se abrir para operar e levar para esse mundo garantias que são importantes para as pessoas”, declarou o executivo no painel “Emissão e Movimentação” que dividiu com Leandro Vilain, Diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban e Márcio Garcia, professor de Economia da PUC-RJ. 

O foco do encontro mediado Rogério Lucca, Chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC, foi avançar na discussão de estratégias de criação, distribuição e custódia da nova versão da moeda brasileira, bem como avançar nas diretrizes já emitidas pela autoridade monetária sobre o projeto.

Durante o webinar transmitido ao vivo no Youtube, o diretor do Nubank não ignorou o avanço das criptomoedas e chegou a comparar todo o ecossistema financeiro que elas trouxeram ao surgimento da internet no final da década de 90.

“Quando você volta para aquela década, ninguém conseguia prever qual inovação a internet traria para o setor financeiro”, disse Magrani. “O que podemos aprender com a inovação da internet é que quando você oferece uma infraestrutura aberta e interoperável, você garante que a inovação continuará a acontecer”.

Publicidade

Nubank e inovação

Embora ainda seja nebuloso como será o futuro do real digital, o diretor do Nubank citou os  contratos inteligentes, oráculos e DeFi como frentes que os participantes do sistema financeiro tradicional poderão ter acesso quando o BC lançar a CBDC.

“Os contratos inteligentes são uma das principais ferramentas que permitem modelos de negócios com um poder de transformação gigantesco para a sociedade […] Mas é difícil o sistema tradicional fazer essa conexão, por isso surgem stablecoins privadas para fazer a interface com as tecnologias”.

Segundo ele, o sistema financeiro brasileiro já tem uma qualidade reconhecida mundialmente por lançar inovações como o Pix. O próximo passo agora seria focar no real digital: “O BC tem aqui uma chance de garantir o futuro da inovação para o sistema financeiro, tanto para as empresas, para garantir espaço a novas fontes de receitas, como para as pessoas que querem acesso a serviços diferentes”.

A série de webinar “O Real Digital” que o Banco Central promove desde julho continua até o mês de novembro, quando acontece os dois encontros finais: Integração internacional e Tecnologias para emissão e compatibilidade com arranjos existentes.

VOCÊ PODE GOSTAR
Rodrigo dos Reis, RR Consultoria

Quem é Rodrigo dos Reis, “Coach de Bitcoin” que usava religião para enganar pessoas 

Uma das vítimas da RR Consultoria descreveu Rodrigo como um “especialista em enganar”; ele usava religião para atrair investidores para seu golpe cripto
Imagem da matéria: Brasileiros negociam recorde de R$ 10 bilhões em contratos futuros de Bitcoin na B3

Brasileiros negociam recorde de R$ 10 bilhões em contratos futuros de Bitcoin na B3

A alta do dólar gerada pela eleição de Trump impulsionou os traders a negociarem 232 mil contratos de Bitccoin
Logo da Novadax

Site da corretora de criptomoedas Novadax sai do ar: “Estamos com instabilidade”

A empresa diz que está trabalhando para normalizar as operações para o domínio .com.br e pede para clientes acessarem o domínio .com.
martelo de juiz com logo da binance no fundo

Binance recupera R$ 430 milhões em disputa de dois anos com Capitual

O dinheiro foi resgatado em etapas após o STJ rejeitar um recurso da fintech no final de junho