A dificuldade de mineração do Bitcoin atingiu – e superou – valores históricos com seu mais recente aumento de 3,4%, realizado na quarta-feira (31). Com o novo ajuste positivo, mineradores de bitcoin agora precisam calcular cerca de 51,23 trilhões de hashes antes de conseguir minerar um bloco válido. A marca de 50 trilhões nunca havia sido superada no passado.
Com isso, fica 3,4% mais difícil minerar um bloco da criptomoeda com sucesso, o que também significa que a atividade de mineração fica 3,4% mais custosa em recursos necessários para obter o mesmo resultado.
O que é a dificuldade de mineração e como ela funciona
A mineração através do sistema proof-of-work (PoW) foi o método escolhido para assegurar a rede do Bitcoin e distribuir novas unidades da moeda para os participantes que dediquem trabalho e recursos na atividade.
Para garantir uma distribuição programada até o limite máximo de 21 milhões, garantindo uma inflação controlada da oferta de BTC disponível no mercado, o protocolo do Bitcoin utiliza algorítimos que ajudam a manter a criação de um novo bloco (com o pagamento correspondente de sua recompensa) a cada cerca de 10 minutos.
Este algorítimo trabalha através do ajuste de dificuldade de mineração. Avaliando a frequência de descoberta de novos blocos nos últimos 2.015 blocos — cerca de duas semanas, considerando 10 minutos por bloco.
Caso os últimos 2.015 blocos estejam sendo minerados em um intervalo superior aos 10 minutos desejados, a dificuldade de mineração precisa diminuir, facilitando minerar mais blocos em um menor espaço de tempo. O inverso também é correto: aumentando a dificuldade de mineração caso os últimos 2.015 blocos tenham sido descobertos em um intervalo inferior a 10 minutos entre cada bloco.
Apesar do ajuste ser proporcional ao poder computacional sendo utilizado na rede, ele não pode superar quatro vezes o valor anterior. No caso, o ajuste de dificuldade de mineração sempre precisa ser inferior a 300%, em um aumento; ou inferior a 75%, em uma redução.
A dificuldade de mineração é afetada ao se incluírem ou retirarem o número de “zeros” que vão obrigatoriamente à esquerda dos demais caracteres aleatórios.
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Pelas próximas duas semanas, 51,23 trilhões de hashes precisam ser geradas para encontrar uma hash válida
Os mineradores conseguem “minerar” um bloco ao encontrar uma combinação criptográfica (hash) válida. Quanto maior a dificuldade, mais hashes precisam ser calculadas até que a hash válida seja encontrada.
A taxa de cálculo de hashes é chamada de hashrate. E a hashrate da rede do Bitcoin tem aumentado em uma constante de longo prazo.
Nas últimas duas semanas, a dificuldade de mineração do Bitcoin estava em cerca de 49,55 trilhões de hashes. Que também já havia sido fruto de um aumento de 3,22% referente ao período anterior.
Este penúltimo aumento ocorreu no dia 18 de maio, após a rede registrar uma hashrate recorde de 439,45 EH/s no dia 01 de maio.
No momento, a rede do Bitcoin registra cerca de 313,2 EH/s e, no bloco 792288, a dificuldade de mineração aumentou para os inéditos 51,23 trilhões de hashes necessárias para a minerar um único bloco. Resultando no aumento recente de 3,4% da dificuldade anterior.
Os mineradores de Bitcoin precisam, hoje, trabalhar mais do que nunca para competir pelas escassas recompensas de 6,25 BTC (R$853,56 milhões, segundo o Índice de Preço do Bitcoin) por bloco.
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