Na terça-feira (22), as notícias de que o presidente russo Vladimir Putin reconheceu formalmente dois estados separatistas no leste da Ucrânia – a chamada República Popular de Donetsk (DNR) e República Popular de Luhansk (LNR) – fizeram com que o Bitcoin (BTC) caísse 5% em 24 horas. Outras criptomoedas importantes – XRP, Cardano e Solana entre elas – caíram até 12%.
Com a declaração de guerra de Putin na quinta-feira, o valor total do mercado das criptomoedas caiu cerca de 5% em 24 horas. Mais tarde naquele dia, relatamos uma queda de US$ 200 bilhões no valor do mercado – cerca de 12% em 24 horas.
O mercado global de criptomoedas se estabilizou um pouco desde então, crescendo cerca de 1,2% da noite para o dia, de acordo com o CoinMarketCap. No momento da redação deste artigo, o bitcoin caia cerca de 2% em relação ao sábado passado, sendo negociado por US$ 39.137.
O Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, cresceu 1,5% na última semana e foi negociado por US$ 2.774.
Houve apenas alguns grandes movimentos nas 20 principais criptomoedas esta semana – Cardano (ADA) e XRP perderam cerca de 9% de seu valor nos últimos sete dias, agora sendo negociados por US$ 0,90 e US$ 0,76, respectivamente.
As duas meme coins Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB) caíram cerca de 10% esta semana, sendo negociadas em torno de US$ 0,1273 e US$ 0,00002475, respectivamente.
Terra (LUNA) foi a criptomoeda que teve a melhor semana entre as concorrentes, subindo 51% nos últimos sete dias. Na quarta-feira, a LUNA registrou ganhos de 15% e na tarde deste domingo (27), é negociada a US$ 76.
As notícias da semana
Embora o noticiário desta semana tenha sido dominado pela situação Rússia-Ucrânia, várias histórias também se destacaram, como a progressão gradual da criptomoeda para o mainstream.
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Na segunda-feira, o escritório de advocacia Gunnercooke, com sede em Londres, se tornou o primeiro escritório de advocacia britânico a aceitar criptomoedas como pagamento. A empresa aproveitou a exchange de criptomoedas Coinpass para facilitar as transações.
Nesse mesmo dia, o governador do Banco da Espanha, Pablo Hernandez de Cos, fez um discurso em que pediu uma vigilância mais rigorosa do setor. Sua justificativa centrou-se em grande parte na “compreensão limitada” dos investidores sobre criptomoedas, também citando preocupações com volatilidade e impacto ambiental.
A Bloomberg informou na terça-feira que um grupo de estados da União Europeia, liderado pela Alemanha, está pressionando para incluir empresas de criptomoedas no âmbito do novo órgão de vigilância anti-lavagem de dinheiro do bloco.
Na quarta-feira, o maior banco custodiante do mundo, o BNY Mellon, anunciou que integraria o software da Chainalysis, uma empresa de análise de blockchain, para ajudar os clientes a gerenciar o risco dos investimentos em Bitcoin.
Esta não é a primeira vez que o BNY Mellon cruza o caminho das criptomoedas. Há pouco mais de um ano, o banco anunciou que começaria a manter, transferir e emitir Bitcoin para clientes e, em julho passado, foi contratado pela gestora de ativos digitais Grayscale para fornecer serviços de contabilidade para o seu fundo Bitcoin Trust.
Na quinta-feira, a União Europeia acrescentou uma disposição pedindo a proibição da mineração de criptomoedas com uso intensivo de energia, baseadas no consenso de prova de trabalho, a um conjunto de projetos de regulamentos. A aplicação da proibição, se aprovada, iria frear a mineração de Bitcoin por causa de sua pegada de carbono relativamente alta. A UE pretende ser neutra em carbono até 2050.
A votação sobre a nova legislação estava agendada para 28 de fevereiro, mas foi adiada na sexta-feira devido a preocupações de que o projeto “poderia ser mal interpretado como uma proibição de fato do Bitcoin”, de acordo com Stefan Berger, presidente do Comitê de Economia do Parlamento Europeu.
A Suprema Corte da China emitiu na quinta-feira uma decisão que abriu caminho para multas e longas sentenças de prisão para cidadãos que fizessem financiamento coletivo com criptomoedas.
As autoridades chinesas travam uma guerra contínua contra as criptomoedas desde 2017. No ano passado, uma repressão em todo o estado à mineração de Bitcoin foi um marco significativo. A China também está lançando sua própria moeda eletrônica, o yuan digital.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.