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Há rumores de que a União Europeia está planejando conceder, a um novo órgão de fiscalização financeira, a responsabilidade de supervisionar a lavagem de dinheiro e riscos associados à indústria de criptomoedas, segundo um artigo da Bloomberg.

De acordo com o jornal, a iniciativa está sendo liderada pela Comissão Europeia, com previsão de início para 2024.

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“É fundamental que o escopo da nova autoridade europeia inclua explicitamente criptoativos, dado que esse é um dos setores mais propensos a atividades de lavagem de dinheiro”, afirmou Luis Garicano, legislador europeu a favor da iniciativa proposta.

Um diplomata europeu que não quis ser identificado contou à Bloomberg que um grupo de Estados-membro da União Europeia, liderada pela Alemanha, estão pressionando que criptomoedas sejam incluídas de forma mais explícita na abordagem.

Além disso, o escopo desejado pela fiscalizadora alegadamente inclui entidades internacionais, como fornecedoras de serviços com criptoativos.

A União Europeia, criptomoedas e a lavagem de dinheiro

A iniciativa proposta pela União Europeia surge após uma série de delitos criminais relacionados a cripto na Europa, incluindo lavagem de dinheiro.

Este ano, uma investigação da Reuters revelou como autoridades e advogados alemães estavam coletivamente entrando em contato com a corretora cripto Binance em relação a cerca de € 2 milhões em transações usando fundos provavelmente roubados.

Em resposta, a Binance supostamente disse que não poderia ajudá-los.

Recentemente, a polícia alemã também pediu ajuda da Binance em relação a dois homens suspeitos de assassinar um atirador islâmico que havia matado quatro pessoas em Viena, na Áustria.

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Autoridades descobriram que um desses homens realizou transações “não específicas” na Binance.

Em 2021, as criptomoedas com foco em privacidade monero (XMR) e dash (DASH) estavam envolvidas em um caso de desaparecimento na Noruega.

Autoridades norueguesas tinham o desafio de tentar rastrear transações feitas usando as criptomoedas que preservam a anonimidade como parte de sua investigação.

Em 2020, um estudo feito pela empresa de análise em blockchain Chainalysis descobriu que Hydra (na época, um dos principais mercados cripto no Leste Europeu) era, na verdade, um mercado da dark net.

Mais recentemente, a polícia britânica devolveu mais de US$ 5 milhões a vítimas de um esquema cripto internacional que abrangia não apenas alguns países europeus, como também os Estados Unidos, a Austrália e a China.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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