Uma manobra do tipo “dedo gordo” na corretora Gemini fez o preço do token XRP saltar durante alguns minutos de menos de US$ 1 para US$ 50 na corretora Gemini na quinta-feira (10), horas depois do token ser novamente listado na plataforma. O movimento elevou temporariamente a capitalização de mercado da criptomoedas da Ripple para trilhões de dólares.
De acordo com um artigo no Coindesk, é provável que o problema tenha começado por um erro de um comprador, que pode ter colocado uma ordem de mercado descomunal, e que foi executada a um preço escandalosamente alto devido à baixa liquidez do token.
Nesta sexta-feira (11), após a correção do evento, XRP é negociada a cerca de US$ 0,63.
O site descreveu que alguns observadores do mercado acreditam também que um vendedor possa ter lançado uma armadilha ao realizar o pedido de US$ 50 por XRP, que foi preenchido involuntariamente por um comprador que pode ter tido o chamado “dedo gordo” na negociação.
Pares de criptomoedas com baixa liquidez estão sujeitos a esse tipo de evento temporário, comumente chamado de “dedo gordo”. Ele pode ocorrer por um erro do operador (fazendo um “clique” errado com o mouse), por necessidade de despejo (alcançando um preço médio de venda entre o valor inicial e o valor final), ou até mesmo por manipulação de mercado.
Antes e depois do ocorrido, surgiram vários comentários no Twitter. “Houve uma falha da plataforma principal da Genini”, escreveu um usuário, ao compartilhar um gráfico de preço.
Major exchange @Gemini had a glitch.
— JackTheRippler ©️ (@RippleXrpie) August 10, 2023
$50 per #XRP! 👀 pic.twitter.com/UBEWN7Rv7j
O XRP havia sido deslistado na Gemini em decorrência do processo contra a Ripple pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Ontem, a corretora anunciou o retorno do token na plataforma.
“Entusiasmados por anunciar $XRP agora está disponível para negociação em Gêmeos.
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Xcited to announce $XRP is now available for trading on Gemini. pic.twitter.com/E9Xiv8BTo3
— Gemini (@Gemini) August 10, 2023
Entenda o caso sobre o XRP e a SEC
Na quinta-feira (11), a exchange Gemini, com sede em Nova York (EUA), anunciou o retorno de suporte ao token XRP, da Ripple, permitindo que os clientes depositem e negociem — mas ainda sem oferecer a autocustódia — o ativo em sua plataforma.
A Gemini é uma exchange fundada pelos gêmeos Winklevoss, que ficaram famosos por entrarem com um processo judicial contra Mark Zuckerberg alegando que ele roubou a ideia do Facebook deles.
Sobre a listagem, a empresa disse que começou a fornecer suporte à blockchain porque é “um passo importante em nossa missão de desbloquear a próxima era de liberdade financeira, criativa e pessoal.”
O anúncio da Gemini vem depois de uma vitória parcial em uma longa batalha com os reguladores dos EUA. Em 2020, a SEC, a CVM dos EUA, processou a Ripple em US$ 1,3 bilhão, alegando que a empresa enganou investidores e vendeu valores mobiliários não registrados na forma de XRP.
No mês passado, no entanto, um juiz distrital federal escreveu em um decisão parcial que as vendas programáticas de XRP a investidores individuais não eram consideradas valores mobiliários, o que foi interpretado positivamente pelos investidores — apesar de o juiz acrescentar que US$ 728 milhões em contratos de vendas institucionais constituíam vendas de títulos não registrados — e o preço do XRP disparou.
Também na quinta-feira, a SEC disse que planeja recorrer da decisão do juiz que considerou o XRP como não necessariamente sendo uma valor mobiliário.
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