Imagem da matéria: CVM proíbe mais duas corretoras de operarem no mercado de forex no Brasil
Foto: Shutterstock

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu um stop order contra as empresas PO Trade Pocket Option e Gembell Limited. Ambas atuam no mercado de forex e, segundo a autarquia, não estão autorizadas a captar clientes residentes no Brasil.

A decisão da CVM foi divulgada na edição desta segunda-feira (4) do Diário Oficial da União. A comissão estabelece que as empresas parem imediatamente de fazer “qualquer oferta pública, de forma direta ou indireta, a investidores residentes no Brasil de oportunidades de investimento nos mercados de ações, índices, contratos futuros de commodities e Forex, por qualquer meio”.

Publicidade

Em caso de descumprimento, a CVM fixou multa de R$ 1 mil por dia e ressaltou que esse valor poderá ser cobrado de toda e qualquer pessoa que venha a ser identificada como participante dos atos irregulares.

Cerco da CVM contra forex ilegal

A CVM vem olhando com rigor para o mercado de forex. A stop order contra a PO Trade e Gembell vem apenas uma semana após a comissão ter alertado o mercado de que a empresa W7 Limited (também conhecida por W7 Broker & Trading ou W7BT) e o empresário Willy Heine Neto não têm autorização para operar no mercado de Forex no Brasil. A autarquia determinou também multa de R$ 1 mil ao dia caso a companhia não pare a operação.

Criptomoedas e Forex: maiores iscas de golpes

Em um estudo divulgado em julho deste ano, a CVM concluiu que as criptomoedas, como bitcoin, foram o produto de investimento mais usado em golpes, assim como o aplicativo de mensagens WhatsApp foi o seu principal meio de divulgação. Os mercados de forex e de ações também estão entre as iscas mais usadas por golpistas.

A pesquisa feita com duas modalidades de investidores, do comum ao mais arrojado, vítimas ou não de fraudes financeiras.

Segundo relatório, 43,3% das vítimas de golpes citaram as criptomoedas como produto de investimento usado como isca e que lhe deram prejuízo. Em seguida, foram citados golpes assimilados aos mercados forex e opções binárias (16,9%) e, por fim, o de ações (15,2%). 

Publicidade

EUA apertam cerco contra forex ilegal

Nos Estados Unidos as autoridades também estão apertando o cerco contra a atividade ilegal de forex. A Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos EUA (CFTC) comunicou na quarta-feira (29) que abriu processo contra 14 empresas que oferecem serviços de negociação em opções binárias, forex, criptomoedas, e que também atuam no mercado balcão (OTC). Segundo a autarquia, que supervisiona o mercado de derivativos, as empresas foram intimadas por atuarem sem as devidas licenças.

De acordo com o comunicado da CFTC, 12 das empresas investigadas têm agido como corretores para a modalidade de negociação chamada ‘Futures Commission Merchant’ (FCM), que é quando uma entidade renegocia contratos de futuros fora da bolsa de valores, como ocorre com as opções binárias. Outro tipo de serviço oferecido, segundo a autarquia, é o Retail Foreign Exchange Dealer (RFED), que é modalidade de mercado balcão.

Na nota da Comissão, são citadas as empresas Climax Capital FX e Digitalexchange24.com como as empresas que mentiram ao público ao informar que possuíam o aval de órgãos reguladores estadunidenses. Seus escritórios centrais estão supostamente localizados em cidades do Texas e Arkansas.

VOCÊ PODE GOSTAR
farao do bitcoin glaidson

Prisão do ‘Faraó do Bitcoin’ completa 3 anos; relembre um dos maiores casos de pirâmide financeira no Brasil

O ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos e sua mulher Mirelis Diaz Zerpa conseguiram mudar de vida com GAS Consultoria e seu negócio com criptomoedas, mas à margem da lei
Glaidson durante depoimento à CPI das Pirâmides

Justiça volta a ouvir testemunhas de acusação em julgamento do Faraó do Bitcoin

Preso em Cantaduvas (PR), Glaidson participou da audiência por videoconferência
Tela de celular mostra logotipo Drex- no fundo notas de cem reais

BC divulga lista de projetos selecionados para 2ª fase de testes do Drex

Os consórcios participantes vão testar serviços financeiros disponibilizados por meio de smart contracts
Elon Musk sorri no meio dos logotipos do Twitter e X

Nostr, Bluesky e Threads: conheça as alternativas ao Twitter, banido no Brasil

Com o X (Twitter) indisponível no Brasil desde sexta (30), outras redes sociais começam a crescer nas buscas da população brasileira