A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou o mercado que a empresa W7 Limited (também conhecida por W7 Broker & Trading ou W7BT) e o empresário Willy Heine Neto não têm autorização para operar no mercado de Forex no Brasil.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (27) no site da autarquia, que determinou multa de R$ 1 mil ao dia caso a companhia não pare a operação.
Segundo a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), foram identificados indícios que W7 Limited e Willy Heine Neto captavam clientes, por meio da internet e redes sociais, para realização de operações com valores mobiliários, incluindo derivativos no mercado Forex.
Segundo a CVM, a W7 Limited e Willy Heine Neto não possuem autorização para captar clientes, e, no momento, “não há qualquer oferta relacionada ao mercado Forex registrada na CVM ou corretora autorizada pela Autarquia a atuar nesse mercado. Então, qualquer oferta feita no Brasil é ilegal”.
Promessa de lucro
Willy Heine Neto se apresenta em seu site como CEO da W7, trader profissional, palestrante e escritor. Segundo seu perfil, iniciou a operar em 2012 com mil dólares “e, apesar de não ter nenhum conhecimento sobre o assunto, com o tempo, atingiu resultados extraordinários” e hoje movimentaria “milhões de dólares no mercado financeiro”.
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O palestrante diz ter desenvolvido seu próprio método, chamado MW4 (Método Willy 4 Pilares). “É um método simples e eficiente que permite resultados consistentes”, afirma.
No site consta que Heine Neto “não é um ‘vendedor de cursos’, pois vive de operações no mercado financeiro. É palestrante e já ensinou milhares de pessoas a terem uma nova visão do mercado de Forex”.
Apesar de todo o conteúdo de Willy ser em português, a empresa da qual é CEO, a W7, é registrada no país caribenho São Vicente e Granadinas.
O trader começou um canal no YouTube e seu último vídeo foi postado há dois meses. Nele, promete ensinar como ter de 96% a 100% de lucro operando no mercado de Forex.
Procurada pelo Portal do Bitcoin, a empresa não se manifestou até a publicação desta reportagem.