Do Kwon tem um plano para tentar reviver o ecossistema Terra e sua criptomoeda LUNA: abandonar a rede atual e a stablecoin UST.
O sul-coreano fundador da Terraform Labs defendeu nesta segunda-feira (16) que a blockchain da Terra precisa passar por um hard fork que irá dividir a atual rede em duas. A versão antiga passará a se chamar ‘Terra Classic’ e a nova, apenas ‘Terra’.
Com uma nova versão da blockchain adotada, uma nova criptomoeda surge no mercado e fica com o nome de Luna, enquanto o token antigo passa a ser chamado de Luna Classic, com o símbolo LUNC.
No novo ecossistema Terra, UST fica abandonado na cadeia antiga e a versão renovada da Terra deixa de contar com uma stablecoin algorítmica.
“Terra é mais do que UST”, escreveu Kwon. “Embora o UST tenha sido a narrativa central da história de crescimento da Terra no ano passado, a distribuição de UST levou ao desenvolvimento de um dos ecossistemas de desenvolvedores mais fortes em cripto e que vale a pena ser preservado”.
Caso a proposta seja aprovada pela comunidade na votação desta quarta-feira (18), o hard fork que vai gerar a nova cadeia da Terra acontece na próxima sexta-feira (27).
Distribuição da nova versão da LUNA
No cenário em que o hard fork seja aprovado, a nova versão da Luna vai ser distribuída em airdrops focados nos detentores da moeda.
Segundo a proposta de Do Kwon, Luna vai ser distribuída de graça para detentores e usuários que fazem staking da atual versão da moeda; para os detentores de UST e para os desenvolvedores de aplicativos essenciais da Terra.
A carteira da Terraform Labs não entrará nesse airdrop, “tornando Terra uma rede totalmente de propriedade da comunidade”, segundo Kwon.
Os tokens serão distribuídos para os usuários que tinham Luna e UST na carteira no momento do snapshot – registro das carteiras e seus montantes em um determinado espaço de tempo.
Serão tirados dois snapshots para determinar a distribuição dos tokens: o primeiro registro “pre-attack” será do bloco 7544914 do dia 7 de maio, e o “launch” será o bloco 7790000, minerado no dia 27 de maio.
Ao todo, serão 1 bilhão de tokens Luna emitidos na nova versão da blockchain, distribuídos dessa forma:
25% – pool da comunidade, controlado por governança
1% – alocação de emergência para desenvolvedores essenciais (sem travamento)
4% – desenvolvedores essenciais
35% – detentores com Luna (menos a carteira da Terraform Labs) no snapshot “pre-attack”
10% – detentores de Luna (derivados de staking incluídos) no snapshot “launch”
25% – detentores de UST no snapshot “launch”
Para impedir que aconteça um despejo de tokens no mercado após o lançamento, a proposta estabelece que os novos detentores terão as moedas travadas (cliff) por um ano.
“Nós acreditamos que essa distribuição de tokens, além dos melhores esforços do LFG para ajudar os detentores de UST, resolve melhor os diversos interesses e preferências de tempo para cada grupo de partes interessadas e, mais importante, cria o caminho mais viável para reviver o ecossistema Terra”, concluiu Do Kwon.