Billy Markus, o programador responsável por criar a Dogecoin (DOGE) oito anos atrás com seu amigo Jackson Palmer, não é um grande fã das novas criptomoedas meme que se espalham pelo mercado.
Mais conhecido no Twitter por Shibetoshi Nakamoto (@BillyM2k), Markus compartilhou sua frustração com as moedas que tentam a todo custo repetir o sucesso da Dogecoin, a primeira e mais famosa meme coin que já existiu.
“Lembre-se que Dogecoin foi feito há oito anos. Como sátira. Tirando sarro das moedas idiotas. As moedas de “meme” atuais nem são memes. Elas são feitas por pessoas tentando ficar ricas com outras pessoas tentando ficar ricas. Cada um na sua, mas na verdade é uma coisa diferente”, escreveu Markus ao 1,1 milhão de seguidores que acumula no Twitter.
Ele continuou explicando sua visão de que sátira deve ter alguns elementos “levemente inteligentes” enquanto as piadas devem ser engraçadas, duas coisas que as novas meme coins não são capazes de entregar.
“Publicidade de spam, mentir sobre quem está envolvido em um projeto, fazer promessas ridículas, tentar desesperadamente chamar a atenção de Elon Musk para promovê-lo, não são inteligentes ou divertidos”, pontuou.
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As visões dos criadores da Dogecoin
Billy Markus é o único fundador da Dogecoin que ainda possui alguma relação com o projeto. Embora não atue ativamente no desenvolvimento da criptomoeda, ele é conselheiro da Dogecoin Foundation, uma organização reconstruída em agosto do ano passado para apoiar os avanços da DOGE.
Markus tem uma presença forte na comunidade da Dogecoin no Twitter, onde compartilha memes relacionados a moeda quase que diariamente e, uma vez ou outra, troca mensagens com Elon Musk. Não à toa, seu papel na fundação é “conselheiro de comunidade e memes”.
Já o outro cofundador da Dogecoin, Jackson Palmer, não poderia ser mais diferente. Ele despreza as criptomoedas e toda a comunidade que se criou ao redor delas. Em julho de 2021, ele voltou ao Twitter após deixar sua conta desativada por anos, para dar um fim definitivo ao seu relacionamento com a Dogecoin.
“Depois de anos estudando isso, acredito que a criptomoeda é uma tecnologia hiper-capitalista inerentemente de direita, construída principalmente para amplificar a riqueza de seus proponentes por meio de uma combinação de evasão fiscal, supervisão regulatória reduzida e escassez artificialmente aplicada”, escreveu.
Na visão de Palmer, os princípios de descentralização que as criptomoedas carregavam no início foi se perdendo ao longo do caminho à medida que o setor passou a ser controlado por um “poderoso cartel de figuras ricas”, que incorporam as características do sistema financeiro que pretendia substituir.