Imagem da matéria: Cynthia Lummis acusa FDIC de má conduta na supervisão de criptomoedas e exige prestação de contas
Foto: (Wikimedia Commons/Flickr)

A senadora americana Cynthia Lummis (R-WY) emitiu uma reprimenda contundente ao Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), alegando má conduta da agência no tratamento da supervisão de ativos digitais e ameaçando denunciantes.

Na quinta-feira (16), Lummis enviou uma carta ao presidente do FDIC, Marty Gruenberg, depois que denunciantes alegaram que a agência destruiu materiais relacionados às suas operações de criptomoedas e ameaçou funcionários para silenciá-los.

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“As supostas ações do FDIC são inaceitáveis e ilegais”, escreveu Lummis em sua carta. A senadora prometeu buscar a verdade por trás dessas alegações, exigindo a responsabilização dos órgãos federais envolvidos na supervisão.

“O povo americano merece transparência, e eu farei com que eles obtenham as respostas que merecem”, ela escreveu em uma declaração na quinta-feira.

O FDIC ainda não respondeu à solicitação de comentário do Decrypt.

As alegações estão centradas na “Operação Chokepoint 2.0”, uma suposta iniciativa para marginalizar as empresas cripto, cortando seu acesso aos serviços bancários.

Os denunciantes teriam dito a Lummis que o FDIC monitorava o acesso da equipe a materiais confidenciais para evitar divulgações no Senado.

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“O FDIC está tentando esconder a Operação Chokepoint 2.0, e o FDIC deve preservar todos os documentos relacionados a ativos digitais imediatamente”, ela escreveu no X. “Tim Scott e eu vamos chegar ao fundo da questão.”

Tim Scott foi empossado como presidente do Comitê Bancário do Senado depois que seu antecessor, o político anticripto, Sherrod Brown, perdeu para Bernie Moreno nas eleições de 2024 nos EUA.

Lummis instruiu o FDIC a preservar todos os registros relacionados às suas atividades de ativos digitais desde janeiro de 2022 em sua carta.

A senadora detalhou categorias específicas de documentos a serem preservados, incluindo comunicações sobre o Signature Bank, o Silvergate Bank e ações de fiscalização relacionadas aos criptoativos. 

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Lummis também exigiu a preservação de todos os registros relacionados à orientação do FDIC e a coordenação com outras agências bancárias federais sobre ativos digitais.

Ela alertou sobre a possibilidade de encaminhamentos criminais ao Departamento de Justiça se for constatado que o FDIC “obstruiu a supervisão do Senado” e “destruiu materiais conscientemente.”

Operação Chokepoint 2.0: alegações de perseguição ao setor cripto

A Operação Chokepoint 2.0 espelha um empreendimento da era Obama, que tinha como alvo setores como traficantes de armas de fogo e credores de dias de pagamento, pressionando os bancos a cortar os laços com essas empresas. 

Os defensores do setor afirmam que essa nova iteração se concentra diretamente nas criptomoedas, empregando táticas semelhantes para marginalizar um setor inteiro por meio de medidas regulatórias de bastidores.

No mês passado, documentos obtidos por meio de uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação (FOIA) pela Coinbase revelaram que o FDIC instruiu os bancos a “pausar todas as atividades relacionadas a criptoativos” em 2022.

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Líderes do setor cripto, como o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, e a CEO do Custodia Bank, Caitlin Long, compartilharam relatos pessoais de “debanking”, em que os serviços financeiros foram abruptamente retirados sem motivo.

No início deste mês, o advogado pró-cripto John Deaton chamou a Operação Chokepoint 2.0 de um exemplo claro de exagero regulatório impulsionado por motivos políticos em vez de políticas sólidas. 

“Esta não é apenas uma luta pelas criptomoedas”, alertou Deaton na época. “É uma luta contra a erosão da integridade institucional e o poder sem controle de burocratas não eleitos.”

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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