O Tribunal de Justiça de Seul, na Coreia do Sul, mandou prender nesta terça-feira (11) dois funcionários da corretora de criptomoedas Coinone, suspeitos de prática de suborno.
Kim Mo, ex-líder do setor de listagem, e Hwang Mo, que listava os ativos, teriam recebido até 2 bilhões de won sul-coreano (cerca de R$ 7,5 milhões) para distribuir entre o alto escalão da corretora em troca da listagem de determinados tokens.
De acordo com os mandados emitidos na segunda-feira (10), o juiz Kim Ji-Sook argumentou que as prisões serviram para impedir uma possível fuga dos acusados. Segundo informações do site Coindesk Korea, um dos executivos envolvidos no caso, conhecido por Mr. Jeon, já teria sido preso no último dia 7 por quebra de confiança.
Vale lembrar que as autoridades sul-coreanas estão agora mais cautelosas com casos relacionados ao setor cripto devido à fuga no no ano passado do empresário Do Kwon, criou o projeto Terra e a falida criptomoeda Terra LUNA.
Virou caso de polícia
As prisões, no entanto, não foram realizadas somente pelo suposto crime de suborno, mas também devido a uma investigação em andamento de um assassinato onde a motivação teria sido um prejuízo nos investimentos em um dos tokens listados pela equipe da Coinone, chamado pelo site de “Furiever Coin” .
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Segundo a polícia, um investimento mal sucedido no Furiever — listado exclusivamente na Coinone — está vinculado a um caso de sequestro seguido de morte de uma mulher de 48 anos. O caso teria ocorrido no dia 29 de março no bairro Gangnam, cerca de uma hora da capital Seul.
Os suspeitos são Lee Kyeong-woo, Hwang Dae-han e Yeon Ji-ho, segundo a Polícia Metropolitana de Seul, informou o Korea Times na semana passada.
A Coinone é uma das principais corretoras de criptomoedas da Coreia do Sul. Para se ter ela faz parte de uma organização chamada Digital Asset Exchange Joint Consultative Body (DAXA), que tem como membros gigantes do setor, como Upbit e Bithumb.
Coreia do Sul supervisiona corretoras de criptomoedas
Em junho do ano passado, o governo da Coreia do Sul lançou o ‘Comitê de Ativos Digitais’ para supervisionar de perto as exchanges de criptomoedas do país. A entidade atua como uma versão maior e reorganizada do Comitê Especial de Ativos Virtuais (SCVC), que foi formado após o crash da Terra/LUNA.
O objetivo do governo é que o comitê faça recomendações de políticas, incluindo critérios para listagens de criptomoedas nas corretoras, um cronograma para Ofertas Iniciais de Moeda (ICO), e ações de proteção a investidores.
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