O FBI acusou um homem do estado de Nova York de arrecadar US$ 1,7 milhão (R$ 9,2 milhões) por meio de cheques falsificados e golpes de comprometimento de e-mails empresariais — e depois converter a maior parte desses ganhos ilícitos em Bitcoin.
Tushal Rathod, de Baldwinsville, Nova York, foi acusado de fraude eletrônica, conspiração para cometer fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e conspiração para cometer lavagem de dinheiro, com os crimes supostamente ocorrendo entre novembro de 2021 e junho de 2024.
Os golpes de comprometimento de e-mails empresariais ocorrem quando criminosos roubam credenciais de login, principalmente por meio de campanhas cibernéticas de “spearphishing”. Informações sobre pagamentos futuros de uma empresa são interceptadas, e fornecedores são enganados para realizar transações em domínios falsos.
Segundo um documento judicial redigido pelo FBI, Rathod, de 44 anos, teria recebido os fundos por meio de uma rede de sete contas bancárias em seis instituições financeiras diferentes, com US$ 1,2 milhão em Bitcoin enviados para carteiras externas.
O FBI afirma que pelo menos três desses bancos alertaram Rathod de que os fundos que entravam em sua conta eram provenientes de fontes fraudulentas, e o réu é acusado de forjar uma fatura para criar a ilusão de receita legítima.
Uma das instituições, o M&T Bank, mostrou essa fatura a uma vítima, que confirmou que o documento era falso. Relatórios policiais foram registrados, mas Rathod insistiu que ele próprio havia sido enganado. Depois disso, ele não apresentou mais nenhum dos documentos solicitados.
“Com base no meu treinamento e experiência, sei que indivíduos envolvidos em esquemas de fraude frequentemente abrem várias contas bancárias em nome de empresas para receber fundos de vítimas, misturam esses valores com outros fundos aparentemente legítimos e depois os transferem para outras contas”, escreveu Morgan.
Família envolvida
Ainda segundo o documento judicial, Rathod teria “recrutado” sua namorada e até alguns membros da família para ajudá-lo no esquema.
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“Mais de US$ 1 milhão adicionais foram depositados em contas controladas pela namorada e familiares de Rathod, embora o Citibank tenha conseguido recuperar US$ 800 mil desses fundos fraudulentos”, acrescentou o agente do FBI.
Em fevereiro de 2023, Rathod teria comprado 20,18 BTC e 20,16 BTC em duas transações — totalizando US$ 900 mil — e enviado os valores a um destinatário não identificado no mesmo dia.
Registros obtidos pelo Google também indicam que ele reclamava a um associado sobre o fechamento constante de suas contas bancárias.
Uma das testemunhas que procurou o FBI foi uma ex-companheira, mãe de seu filho de seis anos. Ela afirmou suspeitar de lavagem de dinheiro por conta de capturas de tela suspeitas no dispositivo dele, que incluíam evidências de transações com criptomoedas e conversas em outros idiomas.
Se condenado, Rathod pode pegar até 20 anos de prisão.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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