Imagem da matéria: Coreia do Sul fará inspeção de emergência em corretoras de criptomoedas após colapso do Terra
(Foto: Shutterstock)

A Comissão de Serviços Financeiros (ou FSC, na sigla em inglês) e o Serviço de Supervisão Financeira (ou FSS) da Coreia do Sul anunciaram inspeções “emergenciais” a corretoras locais de criptomoedas, segundo um artigo do jornal local Yonhap, que menciona fontes da indústria.

A iniciativa está supostamente relacionada ao recente colapso da stablecoin algorítmica terrausd (UST) nativa do Terra, bem como seu token de governança LUNA, e visa garantir melhores proteções a investidores.

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“Na semana passada, autoridades financeiras pediram por dados sobre a quantidade de transações e investidores e avaliaram as medidas correspondentes das corretoras”, disse um representante anônimo de uma corretora sul-coreana de criptomoedas ao Yonhap. “Acredito que fizeram isso para implementar medidas e minimizar o dano a investidores no futuro.”

TerraUSD e LUNA foram desenvolvidos pelo Terraform Labs, uma empresa singapurense cofundada em 2018 pelo empreendedor sul-coreano Do Kwon e Daniel Shin. A empresa criou um sistema algorítmico para manter a UST pareada ao dólar americano por meio da destruição do token LUNA e incentivar a arbitragem entre as moedas UST e LUNA.

O sistema entrou em colapso na semana passada conforme a UST perdeu sua paridade ao dólar e caiu abaixo de US$ 0,15. Enquanto isso, o preço do LUNA despencou para quase zero, tornando a moeda inútil.

De acordo com o Yonhap, a estimativa é que cerca de 200 mil investidores sul-coreanos tenham investido em UST e LUNA.

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Coreia do Sul, Terra e proteção

Apesar de as autoridades financeiras da Coreia do Sul estarem de olho no mercado cripto após o colapso da UST, também admitem que não há muito o que fazer agora em termos de proteção a investidores, de acordo com um artigo publicado no domingo (15) pelo Korea JoongAng Daily.

“Em relação ao incidente do LUNA, estamos monitorando as mudanças situacionais como um todo, mas não existe uma medida direta que o governo possa tomar neste momento”, afirmou um porta-voz das autoridades financeiras ao Yonhap. “Não existem fundamentos para que o governo intervenha, pois transações com moedas são operadas livremente no setor privado”.

O porta-voz acrescentou que as autoridades financeiras apenas têm o direito de supervisionar transações ligadas à lavagem de dinheiro.

No entanto, os mais recentes acontecimentos referentes ao Terra podem resultar em uma implementação mais rápida da “Digital Asset Basic Act” — ou “Lei Básica para Ativos Digitais”, em tradução livre — da Coreia do Sul, cuja expectativa de aprovação é para 2023 para que entre em vigor em 2024.

Espera-se que a futura legislação inclua normas para um imposto de 20% sobre ativos digitais e seguro para usuários.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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