Pessoa com rosto coberto por capuz mexendo em um notebook -ao fundo a bandeira da Coreia do Norte com traços cibernéticos
Foto: Shutterstock

Hackers da Coreia do Norte levaram o país comunista asiático ao patamar de líder global em golpes com criptomoedas em 2022, aponta um estudo da plataforma Coincub, divulgado na segunda-feira(27). “O programa cibernético da [República Popular Democrática da Coreia] RPDC é grande e bem organizado, contando com exército de 7 mil criminosos cibernéticos e operações em mais de 150 países”, aponta o estudo.

Estados Unidos, Rússia, China e Reino Unido fecham o grupo dos cinco países mais envolvidos no tipo de crime cibernético, segundo o relatório. A movimentação ilícita bateu a casa de US$ 14 bilhões no ano passado, de acordo com a empresa de análise de blockchain Chainalysis, com descreve a Coincub.

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A Coreia do Norte ocupa o primeiro lugar por uma ampla margem devido a uma posição única, porque quase todas suas transações transfronteiriças são ilegais por conta de sanções internacionais. Assim, as criptomoedas se tornaram uma das principais fontes de Pyongyang.

Um grupo de hackers conhecido como ‘Lazarus’ é o mais conhecido quando o assunto é ataque ransomware — como o famoso ‘WannaCry’ que afetou 230 mil computadores em todo o mundo em 2017 e o hack de US$ 622 milhões de uma bridge da empresa produtora do jogo Axie Infinity.

Supostamente, o grupo é apoiado pelo governo de Kim Jong-un. Estima-se que os hackers norte-coreanos tenham faturado US$ 1,59 bilhão em pelo menos 15 casos distintos de crimes com criptomoedas que ocorreram entre 2017 e 2022.

“Estrondosos 10% do PIB da RPDC vem de fraude, roubo e ransomware”, ressalta a Coincub. E acrescenta: “Todos os negócios conhecidos de criptomoedas da Coreia do Norte provavelmente são patrocinados pelo Estado, já que o acesso à Internet é controlado exclusivamente por Pyongyang”.

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Mais recentemente, os hackers norte-coreanos vêm se adaptando também à nova modalidade de internet conhecida por Web3. Agora eles visam não apenas as exchanges de criptomoedas centralizadas, mas também protocolos de DeFis (finanças descentralizadas), como os de games e NFts, concluiu o relatório.

Outros membros da lista

Os Estados Unidos, confere o relatório, vem na segunda posição em hacks de criptomoedas devido à magnitude de sua criptoeconomia paralela, e também de uma série de grandes golpes no país. Foram 14 casos verificados com uma movimentação ilícita da casa de US$ 2 bilhões. 

O maior hack até agora foi aplicado pelo casal Ilya Lichtenstein e Heather Morgan, pegos pelas autoridades após uma conspiração para lavar US$ 4,5 bilhões em criptomoedas roubadas da corretora Bitfinex em 2016. Deles, foram confiscados US$ 3,6 bilhões.

A Rússia ocupa o terceiro lugar no ranking de crimes da Coincub devido ao número sem precedentes de ransomwares aplicados em grandes hackers. Segundo o estudo, os cibercriminosos russos geraram um lucro colossal de US$ 1,4 bilhão com atividades criminosas relacionadas a criptomoedas.

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A China vem em quarto lugar devido à lucratividade histórica dos golpes de criptomoedas, bem como algumas revelações surpreendentes sobre operações apoiadas pelo Estado. De acordo com os dados da Coincub, US$ 2,26 bilhões em receita foram gerados por atividades criminosas.

Por fim, vem o Reino Unido, que ocupa o quinto lugar por causa dos muitos hacks e golpes que ocorreram dentro de sua jurisdição, bem como as brechas legais que facilitam para os criminosos estabelecerem negócios lá, diz o relatório.

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