Imagem da matéria: Polícia bloqueia R$ 15 milhões em criptomoedas ligadas ao maior hack contra bancos do Brasil
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A Polícia Civil de São Paulo classificou nesta sexta-feira (4) a invasão ao sistema da C&M Software, empresa que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro, como o maior ataque hacker já visto no Brasil contra instituições bancárias.

No ataque, que aconteceu no início da semana, invasores desviaram mais de R$ 1 bilhão em recursos que estavam depositados em contas reservas de ao menos oito instituições mantidas no Banco Central, segundo estimativa do Brazil Journal.

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Os hackers tentaram converter parte dos valores roubados em criptomoedas, para dificultar o rastreamento. Porém, a estratégia pode ter sido falha, já que as autoridades revelaram hoje que cerca de R$ 15 milhões em criptomoeadas ligadas ao ataque já foram bloqueadas.

A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber parte do dinheiro desviado. 

A polícia conseguiu descobrir qual foi a brecha que tornou o ataque possível. Trata-se de um funcionário da C&M Softaware chamado João Nazareno Roque, que vendeu aos invasores suas credenciais de acesso ao sistema da empresa por apenas R$ 15 mil.

O funcionário foi preso em operação da Polícia Civil de São Paulo na noite de quinta-feira (3), revelando que ao menos quatro pessoas estão por trás do ataque hacker, mas sem revelar nomes, até o momento.

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O maior hack contra bancos do Brasil

Embora a Polícia Civil ainda não tenha revelado o prejuízo total do ataque hacker contra a C&M Softwares, as estimativas giram em torno de uma cifra superior a R$ 1 bilhão.

O BMP, por exemplo, que foi um dos bancos afetados pela invasão, perdeu sozinho R$ 541 milhões. A instituição financeira foi a única a documentar a fraude após identificar a transferência em massa na madrugada do dia 30 de junho, como conta o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual da Polícia Civil (Deic), segundo a CBN.

José Nazareno Roque disse à poslícia que foi cooptado para fornecer senhas de acesso pela máquina dele ao sistema sigiloso da C&M. Roque vendeu a sua senha por R$ 5 mil a hackers em maio e depois, por mais R$ 10 mil, participou da criação de um sistema para permitir os desvios.

“O João, na verdade, se trata de um insider, ele é fruto de engenharia social por parte dos criminosos, eles cooptam o funcionário de dentro da empresa. Esse João tem formação em TI, tem pós-graduação em TI e foi cooptado pelo crime. Ele forneceu as credenciais e forneceu a senha. Foi a primeira porta a que facilitou a entrada do grupo criminoso”, disse o o delegado Renato Topan.

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