Imagem da matéria: Consumo de energia do Bitcoin cai 25% com crise no mercado de criptomoedas
(Foto: Shutterstock)

O consumo de energia da rede Bitcoin caiu para 11 gigawatts (ou GW) — uma queda de 27% frente aos 15 GW de abril — de acordo com o Índice de Consumo de Energia do Bitcoin pela Universidade de Cambridge (ou CBECI, na sigla em inglês).

O índice, que estima a quantidade de energia usada por mineradores de bitcoin, é gerenciado pelo Centro de Finanças Alternativas de Cambridge (ou CCAF). O CCAF estima preços ao determinar uma demanda hipotética máxima e mínima para um dia específico e produz uma suposição do consumo atual.

Publicidade

Ao longo do mesmo período, o preço do bitcoin caiu 53%, de US$ 44.850 do início de abril para cerca de US$ 21.101 na sexta-feira (24), de acordo com o site CoinMarketCap.

Se quedas anteriores do mercado indicam algo, o consumo de energia da rede Bitcoin pode cair ainda mais.

Quando o preço despencou em 2021, caiu 50% frente ao que, na época, era um recorde de US$ 63.558, em 12 de abril, para US$ 29.796, em 19 de julho. A demanda de energia da rede Bitcoin caiu junto, mas demorou algumas semanas para que ficasse evidente nos dados.

Consumo de energia do Bitcoin em 2022

A demanda de energia pela rede Bitcoin atingiu seu auge em maio de 2021, com uma estimativa de 16 GW, segundo o CBECI. Na sequência, houve preços decrescentes por algumas semanas, a demanda estimada de energia pela rede Bitcoin atingiu o nível mais baixo do ano, caindo 56% (para 7 GW).

É claro que a queda drástica de 2021 foi composta também por uma repressão à mineração de bitcoin na China, que forçou empresas ou a encerrarem suas operações ou migrarem suas máquinas para outros países.

Publicidade
Consumo de energia do Bitcoin em 2021 (Imagem: CCAF)

Inverno cripto prolongado

Agora, existem evidências de que mineradoras de bitcoin já começaram a se preparar para um período prolongado de menores retornos.

Mineradoras negociadas em bolsa, que precisam divulgar publicamente a venda de bitcoins em seus relatórios enviados à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC), venderam mais bitcoins em maio do que mineraram, de acordo com um relatório da Arcane Research.

Por exemplo, a mineradora canadense Bitfarms vendeu 3 mil BTC por US$ 62 milhões na semana passada. Foi quase metade das alocações da empresa. Em um comunicado de imprensa, afirmou que, em 20 de junho, tinha US$ 42 milhões em dinheiro e 3.349 BTC equivalentes a aproximadamente US$ 67 milhões.

“Desde janeiro de 2021, estamos financiando operações e crescimento por meio de diversas medidas de financiamento”, disse Jeff Lucas, diretor financeiro da Bitfarms, no comunicado. “Acreditamos que vender uma porção de nossas alocações e produção diária de BTC como uma fonte de liquidez é o melhor e mais barato método no atual ambiente de mercado.”

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

VOCÊ PODE GOSTAR
Criptomoedas sobre uma mesa e uma bandeira da Coreia do Sul ao fundo

Coreia do Sul quer oficializar unidade de investigação de criptomoedas em meio a aumento de crimes no setor

A Unidade de Fusão de Ativos Virtuais pode ter seu status de vigilante temporário para permanente
miniaturas de pessoas minerando bitcoin em meio a pedras e folhagens

O impacto ambiental do Bitcoin após o halving será para melhor ou pior?

O halving vai remodelar quem explora o Bitcoin e, portanto, a eficiência energética da rede. Isso compensará o imenso uso do BTC?
Moeda de Tether (USDT) sob superfície lisa

Tether anuncia reorganização para ir além de sua stablecoin e cria quatro divisões

Mudança em sua estrutura visa ampliar o fornecimento de soluções de infraestrutura focadas na inclusão
Imagem da matéria: Token Notcoin atrasa e não será lançado com o halving do Bitcoin; entenda

Token Notcoin atrasa e não será lançado com o halving do Bitcoin; entenda

O Notcoin, jogo viral baseado no Telegram, lançará seu token na The Open Network um pouco mais tarde do que o esperado, após o halving do Bitcoin