Imagem da matéria: Ação coletiva pede R$ 4 milhões de chefe do empresário de criptomoedas baleado em Curitiba
Francisley Valdevino da Silva. Foto: Reprodução/YouTube

Atualização: o texto original foi alterado com o contraponto da empresa.

O empresário Francisley Valdevino da Silva, chefe do jovem que foi alvo de tentativa de homicídio no mês passado em Curitiba (PR), é acusado de pirâmide financeira em uma ação coletiva que corre na Justiça de Goiás (GO) desde o final do ano passado.

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O processo foi impetrado pelo escritório Carvalho Diniz & Barbosa Advogados em parceria com o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec-GO) em nome de 20 investidores de Apucarana (PR). O valor da ação é R$ 4 milhões. Também há um processo criminal no Paraná, que corre em segredo de Justiça.

“O Instituto agravante afirma comprovado que a empresa do agravado operava como uma ‘pirâmide financeira’, se valendo da inocência dos investidores, em sua enorme maioria, pessoas simples e sem familiaridade com o ambiente de investimentos arbitragem e mineração de bitcoins”, diz trecho do processo a que o Portal do Bitcointeve acesso.

As supostas vítimas dizem que Silva, por meio de uma empresa chamada Forcount, captou dinheiro, investiu no ativo digital Dash e sequestrou os recursos, devolvendo para eles uma criptomoeda falsa chamada Mindexcoin, que não tem valor algum no mercado e não é encontrada em corretoras.

“Até pouco tempo atrás, as empresas que praticavam golpe pegavam valores, ficavam com os recursos e falavam para os clientes que não poderiam devolver o dinheiro porque tinham sido alvo de ataque hacker. Agora o modus operandi mudou e elas ficam com os recursos e devolvem moedas sem valor para os investidores”, disse para a reportagem o advogado Fernando Henrique Barbosa, da Carvalho Diniz & Barbosa Advogados.

A prática apontada pelo advogado é comum em golpes financeiros conhecidos no mercado de criptomoedas, como a Atlas Quantum, que vem enrolando investidores desde agosto de 2019, e a Genbit, que responde a uma ação civil pública de R$ 1 bilhão e centenas de processos individuais.

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Contatada, a assessoria de imprensa de Silva disse que ele não vai se posicionar porque ainda não tem informação oficial sobre o caso.

Francisley, conhecido como Francis, em evento da Forcount. Foto: Reprodução/YouTube

Fransciley e supostos golpes

Em publicações no Medium e em sites gospel, Francisley Valdevino da Silva, conhecido apenas como Francis Silva, diz que trabalha com marketing multinível desde 2016, quando lançou a Wolkeb Club, um suposto clube de compras e descontos para os conveniados.

No Reclame Aqui, há diversas reclamações sobre o negócio.

“Eu e minha esposa nos associamos na data de 29.10.2016 à Wolkeb Club no Plano Black B (R$4036,00 cada) sobe um contrato de ganhos de 300% de lucro porém passaram 5 meses e nunca recebemos um centavo de volta”, disse este consumidor.

A Página Desmascarando Pirâmides Financeira (DPF) também mencionou o suposto golpe.

“A Wolkb Club não tem produtos próprios e não tem negócio. É um esquema de pirâmide com empresa fachada registada nos EUA há poucas semanas atrás. É um golpe de cotas que promete lhe pagar 300% sobre o investimento”.

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Nos trechos da ação que a reportagem teve acesso as vítimas também relatam que o empresário esteve envoldo com negócios suspeitos identificados como Welteys e Cointhereum.

Atentado

Desde 2017, Silva está à frente da holding Intergalaxy, com sede na capital paranaense. O grupo diz em seu site institucional que atua com a tecnologia blockchain.

Uma das empresas do grupo é a Compralo – também sediada em Curitiba -, que afirma ser “um meio de pagamento e carteira digital” de criptomoedas.

No mês passado, um funcionário da Compralo foi alvo de tentativa de homicídio em Curitiba. Em entrevista ao Portal do Bitcoin, o delegado Thiago Nóbrega disse que o atentado poderia ter ligação com supostos golpes aplicados pelo empresário.

A possível relação foi descartada em seguida, mas não de forma definitiva, segundo vídeo de Nóbrega encaminhado pela assessoria da Polícia Civil ao Portal do Bitcoin.

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Contraponto:

A Empresa Intergalaxy S/A, presente no Brasil e em mais 4 países, tem se consolidado no mercado mundial buscando evolução tecnológica, integrando a este fim sempre a responsabilidade social, consubstanciada nos projetos sociais, que desenvolvemos no Brasil e noutros lugares do mundo com muito orgulho.

Outro braço forte do grupo é a empresa Compralo Intermediação e Agenciamento de Serviços LTDA., que ao contrário do que foi noticiado na matéria repudiada, tem revolucionado o mercado de meios de pagamentos, facilitando a vida de milhares de pessoas e proporcionando a conversão de suas criptomoedas em moeda nacional ou em outras criptos moedas.

Destarte, é com respaldo nas práticas negociais legítimas, pautadas no social, no ambiental e na melhor governança corporativa, que vimos com profundo pesar a público, lamentar e repudiar a usurpação dos direitos a liberdades de expressão e de imprensa perpetrada, porquanto a matéria em tela ter sido divulgada com ausência total de compromisso com a verdade, lastreada em fakenews!

Também é oportuno trazer a público o nosso sentimento particular, no particular ao atentado sofrido pelo nosso Diretor Executivo da Compralo, Guilherme Grabarski, lamentamos sinceramente todo o ocorrido, ao passo que asseguramos que estamos atuando o quanto possível e necessário for, junto a investigação que já está sendo realizada pelas autoridades competentes. Lastimável é perceber que a matéria abusa de tal evento para bancar mídia sensacionalista, relacionando a nossa empresa a tentativa do crime horrendo, ratificando a deficiência jornalística no publicado, que ainda sugeriu implicações de suposta “ação judicial”, que nós até o presente, sequer somos sabedores do conteúdo.

Além disso, também não temos conhecimento sobre a suposta ação envolvendo a monta de “4 milhões de reais”, tampouco quem seriam os nossos clientes que teriam sido lesados, e isso por razão inequívoca, os fatos noticiados são frutos de achismos, fakenews e banalização da liberdade de expressão e de impressa, sobretudo, com a falta de respeito para com os leitores, porquanto a ausência de verdade no noticiado.

Com relação ao noticiado na matéria, em especial sobre a Forcount, “As supostas vítimas dizem que Silva, por meio de uma empresa chamada Forcount, captou dinheiro, investiu no ativo digital Dash e sequestrou os recursos, devolvendo para eles uma criptomoeda falsa chamada Mindexcoin, que não tem valor algum no mercado e não é encontrada em corretoras.”, que não existe qualquer relação jurídica ou relação societária com as empresas, nem qualquer poder gerencial.

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A Forcount, foi um cliente atendido através da Intergalaxy Internacional, com sede e administração totalmente no exterior, mediante a contratação para atendimento específico de Marketing, e que tiveram a relação contratual por curto período e que se encerrou faz 3 (três) anos.

O CEO da Intergalaxy, há 5 anos atrás desenvolveu um projeto chamado Cripto Experience, que era voltado ao não tão falado na época mercado de Criptoativos, que palestrou por diversos países, sendo reconhecido internacionalmente por isso. Hoje este projeto foi descontinuado por mudanças de oportunidades.

Deste modo, vimos a público, por meio desta nota de repúdio, grifar que o nosso compromisso sempre foi e continuará sendo com os nossos clientes, com a transformação tecnológica e com o desenvolvimento da nossa sociedade, ao passo que não toleraremos quaisquer práticas que visem nos desacreditar publicamente, em virtude dos critérios peculiares da nossa conduta empresarial pautada na transparência, na ética e no respeito com a legislação brasileira!