Trader operando gráficos financeiros via touch screen
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Embora o Bitcoin esteja acima dos US$ 70 mil após ter renovado seu recorde de preço, o setor de criptomoedas pode enfrentar desafios macroeconômicos e fatores técnicos adversos no curto prazo, que podem restringir novos ganhos. O alerta partiu dos analistas da Coinbase, David Duong e David Han.

“A movimentação de cobertura de posições vendidas que contribuiu para a alta inicial agora parece estar esgotada, mas os ETFs de bitcoin à vista nos EUA continuam a ser um suporte significativo para a demanda por Bitcoin”, escreveram os analistas em relatório, segundo o CoinDesk.

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Um movimento que os autores apontam como importante é que perdeu força o encerramento de posições vendidas, que impulsionou a alta inicial do Bitcoin. 

Por outro lado, contrariando ciclos anteriores onde a falta de liquidez freava o ímpeto dos preços, essa questão pode não ser mais um empecilho desta vez.

De toda forma, um dos desafios apontados no relatório é bem pontual: o Federal Reserve finalizou o Programa de Financiamento a Termo Bancário (BTFP, na sigla em inglês), empregado anteriormente para sustentar bancos regionais dos Estados Unidos.

O relatório alerta que tal ação pode eliminar chances de arbitragem para os bancos, mas isso poderia, por outro lado, reintroduzir fragilidades ao sistema financeiro.

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Além disso, foi observado que uma diminuição nas reservas de dinheiro dos gestores de fundos, juntamente com ajustes de carteira no final do trimestre, poderia restringir a disponibilidade de liquidez.

Com essas dinâmicas em jogo, a previsão da Coinbase é de que o Bitcoin possa oscilar dentro de um espectro limitado até a chegada do halving como evento marcante. 

De toda forma, o futuro é incerto. A chegada dos ETFs transformou significativamente a estrutura de mercado do Bitcoin, reduzindo a eficácia de análises baseadas em ciclos anteriores, dizem os analistas.

O relatório finaliza com um dado positivo: o aumento líquido de BTC em posse de ETFs foi quase três vezes maior do que o produzido pela mineração. Ou seja, há mais demanda do que oferta de Bitcoin, o que deve impactar positivamente o preço da criptomoeda.

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