Imagem da matéria: Celulares cripto: veja as diferenças entre os aparelhos da Solana, Polygon e HTC
(Foto: Shutterstock)

Há alguns anos, empresas gigantes de tecnologia, como Samsung e HTC, bem como startups, incluindo Sirin Labs, tentaram criar seus próprios smartphones cripto. Porém, parece que essa ideia não deu muito certo e a moda sumiu por um tempo.

Mas agora o conceito voltou, pois os criadores de grandes redes blockchain, como Solana e Polygon, estão de olho no mercado móvel como uma forma de apresentar a Web3 e cripto para possivelmente milhões de novos usuários ao redor do mundo. E sim, a HTC já voltou com seu novo “celular de metaverso”.

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O que mudou desta vez e como cada empresa está criando celulares para a Web3? Confira o que Solana, Polygon e HTC estão fazendo no setor.

Solana Saga + SMS

Recentemente, a Solana Labs chamou bastante a atenção durante o evento NFT NYC com um anúncio que não tinha muito a ver com tokens não fungíveis (NFTs): a empresa não está apenas realizando uma grande iniciativa móvel com seu kit de software Solana Mobile Stack (SMS), mas também está criando um celular Android de ponta.

O SMS é um software criado para facilitar o acesso da funcionalidade Web3 via celular, permitindo um acesso mais tranquilo a aplicações de carteira, um melhor aproveitamento da Solana Pay e uma interação com jogos, aplicativos e mercados NFT.

O Solana Saga foi criado para ser a demonstração máxima dessa tecnologia como um celular de ponta com sistema Android, repleto de todos os recursos que se espera de um aparelho de US$ 1 mil – esse provavelmente será o custo do celular quando for lançado no início de 2023.

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O SMS não foi criado para ser exclusivo ao Saga, mas criadores de celulares Android, como Samsung e Google, poderão aderir ao software para viabilizar o mesmo tipo de funcionalidade em seus próprios dispositivos. Anatoly Yakovenko, cofundador da Solana, contou ao Decrypt que tais ações são fundamentais para apresentar o mundo à Web3 e autocustódia de criptoativos.

“É só uma questão de eles decidirem que cripto é importante o suficiente”, explicou. “Ao meu ver, podemos ter muito sucesso ao permitir que bilhões de usuários tenham autocustódia apenas ao mudar a mente desse pessoal.”

Polygon + Nothing

Esta semana, a rede de escalabilidade para o Ethereum, Polygon, revelou sua própria iniciativa móvel em parceria com a Nothing, uma nova startup de celular. Em vez de criar seu próprio telefone, a Polygon irá trabalhar com a marca para implementar sua tecnologia no futuro Nothing Phone (1).

Detalhes ainda serão divulgados no evento de lançamento no dia 12 de julho, mas a Polygon afirmou que permitirá um acesso mais simplificado a aplicações descentralizadas (dApps) e jogos por meio da plataforma, pagamentos e recursos de identificação seguros via criptografia e mais.

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“Se você analisar qualquer celular Android ou da Apple, você pode logar, ou com um ID da Google ou da Apple e, até certo ponto, a Apple ou Google é proprietária do cliente, certo? É daí que deriva o valor”, explicou Arjun Kalsy, vice-presidente de crescimento da Polygon. “Em um mundo descentralizado, precisamos ajudar o usuário a obter o controle de volta.”

O Nothing Phone (1) é um smartphone Android que provavelmente vai ser bem mais barato que o Solana Saga por conta de um processador de médio alcance em vez de um chip superpotente.

A Nothing foi fundada por Carl Pei, que anteriormente havia cofundado a marca de smartphones OnePlus, conhecida por seus celulares com grandes atrativos, mas com alguns retoques para apresentar preços mais competitivos.

“Acredito que seja uma das coisas mais importantes que redes podem fazer”, disse Kalsy, descrevendo a oportunidade de entrar no mundo mobile. “Você já solucionou a escalabilidade, então agora pode levar essa tecnologia ao celular e começar a integrar as próximas centenas de milhões de usuários à Web3.”

HTC e seu Desire 22 Pro

Diferente desses projetos para celular, o HTC Desire 22 Pro não foi apresentado pelos criadores de uma rede blockchain. Em vez disso, o “celular de metaverso” da marca de tecnologia será compatível tanto com o Ethereum como Polygon e foi criado para oferecer acesso a plataformas de metaverso e até mesmo experiências de realidade virtual usando um headset pareado.

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A parte curiosa dessa abordagem é que o Desire 22 Pro não é um celular de alto nível. O processador Qualcomm Snapdragon 695 5G incluso é um modesto chip que é bem menos poderoso que o Snapdragon 778G+ que estará no Nothing Phone (1). Por outro lado, o celular custará apenas £ 399 (ou cerca de US$ 475).

Em outras palavras, pode não ser um celular ideal para grandes experiências em 3D, mas está sendo criado como um aparelho que pode ser usado para comprar e armazenar NFTs no Ethereum e na Polygon.

Veremos se esse smartphone terá um público maior do que os celulares cripto anteriormente lançados pela HTC. O Desire 22 Pro será lançado primeiro em Taiwan e no Reino Unido, mas ainda não há previsão para um lançamento global.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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