Baleia dourada envolto a moedas de bitcoin
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Uma carteira de bitcoin que estava parada por nove anos voltou a ser movimentada no final de semana. Ao todo, 500 bitcoin estavam armazenados na carteira desde 14 de junho de 2012. 

A transação aconteceu na tarde de sábado (26) e foi encontrada pelo Whale Alert, um perfil do Twitter que rastreia grandes transações na blockchain do bitcoin.

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Ao analisar os dados da carteira no BitInfoCharts, é possível visualizar que a baleia — termo que se refere a um investidor que detém grandes quantias de criptoativos  — recebeu a maior parte do balanço (400 BTC) em junho de 2012, um quantia de moeda que na época representava US$ 2.491.

Um ano depois, no dia 23 de novembro de 2013, a mesma carteira recebeu os 100 BTC restantes. Nesse intervalo de um ano entre as duas transações, o preço do bitcoin saltou de US$ 6 para US$ 700. 

No final daquele ano de 2013, os 500 BTC armazenados na carteira já valiam US$ 351 mil. Agora em março de 2022, essa mesma quantia de criptomoeda equivale a US$ 22.119.237, levando em conta que a cotação do bitcoin no momento da transação era de US$ 44,2 mil.

Nesta segunda-feira (28), a criptomoeda líder do mercado está valendo ainda mais, negociada em alta de 6% no dia, a US$ 47,140, segundo o CoinGecko.

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O destino do bitcoin

Todo o balanço de bitcoin que a baleia armazenava por nove anos foi retirado da carteira e transferido para diversas outras na blockchain. Conforme é possível ver no blockchain.com, os 500 BTC foram enviados para 31 endereços diferentes, sendo que a maioria das transações movimentaram 20 BTC de cada vez.

As novas carteiras que receberam o bitcoin permanecem paradas desde a primeira transferência, um sinal que essas criptomoedas permanecem em posse do seu detentor original.

Isso também comprova que, até o momento, essa reserva de bitcoin não foi enviada para um corretora para ser liquidada no mercado, um sinal que a baleia pode ter apenas remanejado seu patrimônio por uma questão de segurança e eficiência.

Afinal, os 500 BTC estavam armazenados em um endereço P2PKH (Legacy), o primeiro endereço de bitcoin que, por não ser beneficiado pela atualização do SegWit, geralmente cobra taxas mais altas do que os outros formatos mais novos de endereço.

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No começo do mês de março, um evento parecido foi notado na blockchain, quando uma carteira parada desde 2010 voltou a ser movimentada. A baleia guardou 489 BTC por 12 anos, moedas que valiam apenas US$ 90 quando foram recebidas pela primeira vez, mas agora superam US$ 20 milhões.

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