Glauber Contessoto, o brasileiro que foi parar no The New York Times depois de investir todas as suas economias em Dogecoin, perdeu o título de milionário com a queda drástica da moeda meme na terça-feira (22).
Em conversa com a reportagem, Glauber disse que a recuperação da manhã de hoje fez o seu saldo subir para US$ 902,2 mil no Robinhood. Em outra carteira que possui na Coinbase, ele diz ter mais US$ 24 mil em DOGE. A moeda só precisa alcançar novamente US$ 0,25 para que o brasileiro recupere o milhão — em dólares, claro.
Quando comprou as criptomoedas pela primeira vez em fevereiro, ele fez uma promessa para a comunidade da Dogecoin que não venderia nenhum token por um ano. Quando o ativo desabou 41% ontem, trouxe para baixo também a fortuna de Glauber. Porém, o ativo voltou a subir na manhã desta quarta, o que fez com que ele praticamente mantivesse o status de milionário.
Ele compartilhou um print no Twitter na noite anterior do seu saldo de US$ 764 mil no aplicativo Robinhood, com a legenda “vamos subir novamente”. E de fato foi isso que aconteceu. Após bater a mínima de US$ 0,16, a DOGE logo recuperou os ganhos e nesta quarta está valendo US$ 0,22 — uma alta de 15% nas últimas 24 horas.
Quando Glauber contou a sua história ao Portal do Bitcoin no mês passado, ele tinha US$ 2,1 milhões em DOGE na conta, uma fortuna avaliada em pouco mais de R$ 11 milhões naquela época. Apesar de agora possuir menos da metade do dinheiro que um dia alcançou, ele afirma que a volatilidade não o assusta mais.
“Eu entrei entendendo que esse era um investimento de longo prazo para mim, por isso a flutuação de preço que acontece no curto prazo não me afeta. Eu sou um homem de minha palavra e eu disse a todos que não vou vender por pelo menos um ano, por isso vou manter minha minha decisão original”, disse.
Sobe e desce da DOGE
Ontem a Dogecoin atingiu a cotação mais baixa vista desde 15 de abril, o dia exato em que Glauber se tornou um milionário. Naquelas 24 horas, a moeda disparou 110% e alcançou US$ 0,26, fazendo os 4 milhões de DOGE que o brasileiro tinha comprado no dia 5 de fevereiro, valer US$ 1 milhão pela primeira vez.
Naquele momento, Glauber prometeu a si mesmo que deixaria parada as criptomoedas e só tiraria 10% da fortuna daqui um ano. Agora ele segue um estilo de vida simples: trabalha todo dia, vive de aluguel em uma casa pequena em Los Angeles e dirige um Toyota Corolla 2004 caindo aos pedaços.
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“Se eu sou um idiota por não ganhar US$ 3 milhões, desaparecer e ferrar com todos aqueles que eu disse para COMPRAR, que assim seja. Eu ganho quando todos nós ganhamos!”, tuitou Glauber em resposta às críticas que recebeu por não realizar nenhum lucro com a moeda.
Na visão do investidor, é só uma questão de tempo até a Dogecoin recuperar os ganhos e três acontecimentos poderiam ajudá-la a decolar mais uma vez.
“Primeiro o Robinhood abre as carteiras para permitir que usuários movam suas criptomoedas para fora da plataforma; em segundo lugar, a Tesla começa a vender seus carros por Dogecoin; e por fim uma colaboração entre Dogecoin e Ethereum”.
A fé que o brasileiro deposita na criptomoeda considerada uma shitcoin por muitos especialistas, fez ele se tornar uma pessoa admirada pela comunidade da DOGE e acumular milhares de seguidores nas redes sociais.
Na segunda (21), ele publicou um vídeo falando sobre a queda e explicando melhor os acontecimentos citados acima que podem fazer a moeda voltar a subir.
Ele também incentivou a sua audiência a segurar firme as moedas quando uma desvalorização acontece. “Eu digo aos meus seguidores para “comprar a queda” e eu também compro nesses momentos de baixa. Desde a última vez que conversamos, comprei 40.000 dogecoins a mais em cada queda que eu pude”.
Essa não é a primeira vez que Glauber perdeu o posto de milionário. No dia 22 de abril, a moeda alcançou uma mínima de US$ 0,20 e naquela ocasião, ele aproveitou para adquirir mais US$ 1 mil em DOGE.
Depois daquela data, a criptomoeda deu início a sua temporada de alta, alcançou uma máxima histórica de US$ 0,73 e passou intacta pela correção que prejudicou boa parte do mercado cripto em maio. As quedas dessa semana, no entanto, atingiram a moeda meme em cheio, pelo menos temporariamente.
*Atualização: a reportagem foi atualizada com os números mais recentes dos valores que Glauber possui. O título também foi ajustado pois os novos valores mostram que ele deixou de ser milionário