O Ministério Público da Paraíba (MPPB) revelou no sábado (11) que encontrou novas contas em nome do casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias Campos, criadores da pirâmide financeira Braiscompany. A informação foi divulgada pelo jornal local A União, mas não traz detalhes sobre a existência de saldos ou tipos de conta em nome do casal.
“Estamos nessa fase de garimpagem na busca para conseguir bloquear algum valor dessas contas”, disse o Promotor de Justiça do MPPB e diretor do Procon, Romualdo Tadeu Araújo Dias, ao jornal.
O MP já recebeu cerca de 800 reclamações contra a empresa, por meio de formulários preenchidos por investidores que ficaram no prejuízo ao acreditar nas promessas da pirâmide financeira que lucrou R$ 1,5 bilhão por meio da oferta de supostos investimentos em criptomoedas. As denúncias que o órgão recebeu serão anexadas ao inquérito civil instaurado, que encontra-se em sigilo.
“Nos contratos em que o dano varia entre 20 e 40 salários mínimos, poderá o consumidor utilizar-se do Juizado Especial Cível de sua cidade sendo representado, obrigatoriamente, por advogado ou defensor público”, disse Dias.
“Já nos casos de danos inferiores a 20 salários mínimos, é dispensável a representação por advogado ou defensor público, ou seja, o consumidor poderá recorrer diretamente ao Juizado Especial Cível de sua cidade”, acrescentou.
Um formulário com o mesmo propósito também foi disponibilizado no dia 25 de fevereiro pela Polícia Federal. Os formulários são para que investidores da Brascompany que queiram colaborar com as investigações, passem informações aos agentes públicos. Outro objetivo também é coletar informações sobre a extensão dos danos causados pela Braiscompany.
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Atualmente, o casal de criadores da Braiscompany encontram-se foragidos da Justiça brasileira e estão na lista vermelha de procurados da Interpol.
Principal consultor da Braiscompany aciona polícia
Na semana passada, Clélio Cabral — o mais conhecido ‘broker’ da Braiscompany —, registrou um boletim de ocorrência (B.O.) sobre suposta calúnia, difamação e injúria que teria sofrido do dono do perfil ‘Vítimas da Braiscompany’ no Instagram.
No documento, registrado na Delegacia Especializada de Crimes contra Pessoa de Campina Grande, Cabral acusa o perfil de fazer acusações contra ele “sem provas e fundamentos legais”, além de ameaças.
“Estou tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para tentar reaver meus valores como cliente e meus direitos como trabalhador e oriento a todos os clientes e colaboradores que façam o mesmo”, disse Cabral na ocasião.
O responsável pelo perfil também disse que pretende se defender na Justiça. “Mas mais do que nos defender vamos lutar pela responsabilização de TODOS os envolvidos nesse grande golpe. Há, provavelmente, um crime de estelionato a ser apurado”.
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